Article
"The first shot": the context of first injection of illicit drugs, ongoing injecting practices, and hepatitis C infection in Rio de Janeiro, Brazil
O contexto da primeira injeção de drogas ilícitas, práticas atuais de injeção e infecção pelo vírus da hepatite C no Rio de Janeiro, Brasil
Registro en:
OLIVEIRA, Maria de Lourdes Aguiar et al. O contexto da primeira injeção de drogas ilícitas, práticas atuais de injeção e infecção pelo vírus da hepatite C no Rio de Janeiro, Brasil. Caderno de Saúde Pública, v.22, n.4, p.861-870, 2006.
0102-311X
Autor
Oliveira, Maria de Lourdes Aguiar
Vilas-Boas Hacker, Mariana de Andrea
Oliveira, Sabrina Alberti Nóbrega de
Dias, Paulo Roberto Telles Pires
Ó, Kycia Maria Rodrigues do
Yoshida, Clara Fumiko Tachibana
Bastos, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro
Resumen
O trabalho investiga o contexto da primeira injeção de
drogas e sua associação com práticas atuais de injeção
e infecção pelo HCV (vírus da hepatite C). Usuários de
drogas injetáveis (UDI) (N = 606) foram recrutados em
cenas de uso (ruas, bares) do Rio de Janeiro, Brasil, entrevistados
e testados (anti-HCV). A freqüência de
compartilhamento de agulhas e seringas foi superior
na primeira injeção (51,3%), se comparada à atualmente
referida (36,8%). Usuários que iniciaram o uso
injetável compartilhando agulhas/seringas relataram
uma freqüência significativamente maior de compartilhamento
direto/indireto de agulhas/seringas nos últimos
seis meses. A infecção pelo HCV foi quatro vezes
mais prevalente entre UDI jovens (< 30 anos) que compartilharam
agulhas e seringas na primeira injeção. A
prevalência de anti-HCV foi 11% entre UDI ativos (n =
272) e se mostrou independentemente associada à
história de prisão e à duração do uso de drogas injetáveis.
A prevenção da disseminação do HCV nesta
população requer a adoção de medidas de redução de
riscos e danos associados à injeção de drogas já desde
a primeira injeção ou, antes, um desestímulo à transição
do uso não injetável para injetável. The context of first drug injection and its association
with ongoing injecting practices and HCV
(hepatitis C virus) infection were investigated.
Injection drug users (IDUs) (N = 606) were recruited
in “drug scenes” (public places, bars) in
Rio de Janeiro, Brazil, interviewed, and tested
for HCV. Sharing of needles/syringes was more
prevalent at the first injection (51.3%) than at
the baseline interview (36.8%). Those who
shared syringes/needles at first injection were
more likely to be currently engaged in direct/indirect
sharing practices. Among young injectors
(< 30 years), those reporting sharing of needles/
syringes at the first injection were about four
times more likely to have been infected by HCV.
Hepatitis C virus prevalence among active IDUs
(n = 272) was 11%. Prison history and longer
duration of drug injection were identified as independent
predictors of HCV infection. To effectively
curb HCV transmission among IDUs and
minimize harms associated with risk behaviors,
preventive strategies should target individuals
initiating drug injection beginning with their
very first injection and discourage the transition
from non-injecting use to the self-injection of illicit
drugs.