TCC
Falsificação de medicamentos: um breve panorama e estudo de caso
Registro en:
COSTA, C. R. A. Falsificação de medicamentos: um breve panorama e estudo de caso. 2016. 39 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Saúde na Área de Vigilância Sanitária com Ênfase na Qualidade) – Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Vigilância Sanitária, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.
Autor
Costa, Carla Ronanda Amara
Resumen
Dados divulgados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA) em 2014, mostram um faturamento de 28,70 bilhões de reais, sendo que, 67% desse faturamento corresponde a venda de medicamentos, revelando a importância desse segmento. Tendo em vista esse rendimento tão pronunciado, pessoas inescrupulosas lançam mão de recursos ilegais para obter vantagens na venda e fabricação de medicamentos como é o caso dos medicamentos falsificados. A utilização de medicamentos falsificados pode resultar na ineficiência do tratamento, propagar resistência microbiana e parasitária e até levar a morte. A falsificação é um problema de saúde pública e está presente em todo o mundo. Segundo a OMS, a falsificação pode chegar a 20% nos países da extinta União Soviética e mais de 30% em algumas partes da América Latina, do Sudeste Asiático e da África Subsaariana. No Brasil, o número de unidades de medicamentos falsos apreendidas subiu de 500 mil em 2008 para 18 milhões em 2010. O objetivo deste trabalho é apresentar um panorama da falsificação de medicamentos no Brasil e no mundo, tendo como objetivo específicos: uma análise crítica das informações disponibilizadas pela ANVISA acerca dos medicamentos falsificados no Brasil; e fazer um estudo de caso sobre um medicamento analisado no INCQS. Realizaram-se buscas de artigos e dados no portal de periódicos CAPES, no buscador Google Acadêmico, site da OMS e ANVISA. Foi realizado levantamento dos dados a respeito dos medicamentos falsificados no país através de planilha disponibilizada no site da ANVISA. O levantamento realizado indica que do ano 1998 ao ano de 2015 os medicamentos mais apreendidos foram os usados no tratamento da disfunção erétil. O medicamento escolhido para estudo de caso foi um anorexígeno. Na análise do medicamento foi constado que não havia a presença do princípio ativo. É necessário, portanto, que o governo mantenha um sistema que permita a rápida investigação do medicamento suspeito de maneira integrada aos estabelecimentos e sistemas de saúde e apoiando laboratórios como o INCQS, um laboratório de referência que possui imensa capacidade técnica para a investigação de denúncias de medicamentos.