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Mapeamento dos domínios antigênicos compartilhados entre a apirase de batata e as isoformas de ATP difosfohidrolase de Schistosoma mansoni.
Registro en:
PINTO, Priscila Faria de. Mapeamento dos domínios antigênicos compartilhados entre a apirase de batata e as isoformas de ATP difosfohidrolase de Schistosoma mansoni. 2008. 127 f. Tese (Doutorado em Ciências. Área de concentração: doenças infecciosas e parasitárias)-Fundação Oswaldo Cruz .Centro de Pesquisas René Rachou. Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Belo Horizonte. 2008
Autor
Pinto, Priscila de Faria
Resumen
Usando a apirase de batata como antígeno, as propriedades imuno
gênicas das
isoformas de ATP difosfohidrolase de
S. mansoni
foram
inicialmente exploradas
em
esquistossomose experimental. Elevada reatividade de anticorpos IgG2a e
IgG1 contra esta proteína vegetal foi observada em
soro de camundongos BALB/c
na
fase
agud
a da infecção (8-9ª semana pós-
infecção).
Elevada
reatividade de
anticorpos IgG1 com
a apirase de batata, mas não de IgG2a, foi encontrada n
a
fase
crônic
a
da
infecção
(17ª
semana
pós
-
infecção),
diferenciando
sorologicamente as fases da infecção. Adicionalmente, foi observado que o i
nó
culo
de apirase de batata em
camundongos BALB/c saudáveis tem
marcante atividade
estimulatória, aumentando significativamente os níveis de anticorpos
IgG1 e IgG2a
específicos.
O
subtipo IgG1 de camundongo, mas não IgG2a, reage com
a
ATP
difosfohidrolase
presente
na
preparação
de
SEA
.
A
reatividade
de
anticorpos
contra
a
apirase
de
batata
foi monitorada
por um
período
de
11
meses em
camundongos BALB/c
tr
atados
com
oxaminiquina na fase crônica da doença.
A
reatividade
de
IgM, IgG
total
ou
I
gG1
contra
a
apirase
de
batata
reduziu
significativamente
(
~60
%)
após 11 meses, enquanto IgG2a, que esteve elevada na
fase aguda, perde a significância na fase crônica e permanece inalterada na etapa
do pós tratamento. Após a quimioterapia, os camundongos foram
re-
infectados
com
100
cercárias,
e
nenhuma
diferença
significativa
foi
observada
na
soropositividade de IgG1, mas uma elevação significativa de IgG2a
foi detectad
a
nos
camundongos
re-infectados
sugerindo
uma
nova
fase
aguda
e
sua
participação nos mecanismos de proteção contra o
Schistosoma
.
Estudo
s
in silico
demonstraram
uma íntima relação estrutural e evolucionária entre a apirase de
batata e as isoformas de
ATP
difosfohidrolases de
S. mansoni
.
A
predição de
modelos
tridimensionais
sugeriu
que
os
domínios
conservados
podem
estar
exposto
s e disponíveis para a ligação com
anticorpos. O
perfil de reatividade de
anticorpos contra a apirase de batata foi, então, estudado em
amostras de soros
obtidas de pacientes com
esquistossomose, moradores de três áreas endêmicas
diferentes.
Amostras de soros de grupos de adultos e crianças mostraram
alta
reatividade contra
a
apirase de batata, com
elevação dos níveis de anticorpos I
gA,
IgE, IgG1 ou IgG4, com
diferenças significativas entre
eles
. Após a quimioterapia,
redução significativa ou ausência de reatividade de anticorpos contra a batata foi observada nestes pacientes. Esses achados podem
estar associados à
resistên
cia ou susceptibilidade. Using potato apyrase as antigen, the immunogenic stimulatory properties of
S.
mansoni
ATP
diphosphohydrolase
were
initially
explored
in
experimental
schistosomiasis.
Elevated
reactivity
of IgG2a
or IgG1
antibody
against
this
vegetable protein was observed in serum
from
acutely
S. mansoni
-infected BALB/c
mice (8-9
th
wk post-infection). Elevated IgG1 antibody reactivity against potato
apyrase, but not IgG2a, was found in chronically infected mice (17
th
wk post-
infection), differentiating serologically the acute and chronic phases. In addition, we
observed that inoculation of potato apyrase in healthy BALB/c mice has remarkable
stimulatory activity, increasing significantly the specific IgG1 and IgG2a antibody
levels.
Mouse
IgG1
subtype,
but
not
IgG2a,
reacts
with
soluble
ATP
diphosphohydrolase present in SEA
preparation. The antibody reactivity against
potato apyrase was monitored over an 11-month period in chronically infected
BALB/c mice
and
treated with oxamniquine. The IgM, total IgG and IgG1 reactivity
against potato
apyrase
significantly decreased
(~60%) after 11
months, while
IgG2a, that showed high reactivity only in the acute disease phase, remained
negative throughout the study. Following chemotherapy, the mice were
reinfected
with
100
cercariae,
and
no
significant
difference
was
observed
in
IgG1
seropositivity, while significant IgG2a elevation in reinfected mice suggested a new
acute
phase
and
its
participation
in
the
mechanisms
of protection
against
schistosomes.
In
silico
studies demonstrated
evolutionary and
close
structural
relationships between potato apyrase and
S. mansoni
ATP diphosphohydrolases
.
Putative three-dimensional models suggested that the conserved domains may be
exposed and available for antibody bi
nding.
The antibody reactivity profile against
potato apyrase was then studied in serum
samples obtained from
schistosomiasis
patients, inhabitant of 3 different endemic areas. Serum
samples from
adults and
children groups showed high reactivity against potato apyrase, with elevation of
IgA, IgE, IgG1 or IgG4 antibody levels, with significant differences among them.
After chemotherapy, significant reduction or absence of antibody reactivity against
potato apyrase was observed in these patients. This founds maybe associated to
the resistance or susceptibility.