Este trabalho tem por objetivo analisar a trajetória do botânico Paulo Campos Porto visando compreender a criação, nos anos de 1930, das primeiras leis e outras medidas voltadas à proteção da natureza brasileira e a participação de cientistas na elaboração e implementação destas iniciativas. Este botânico não costuma ser considerado, como seu avô João Barbosa Rodrigues é, um dos grandes vultos nacionais da ciência que professava. No entanto, um aspecto de sua trajetória a torna especialmente relevante: um certo prestígio político-administrativo que o levou a ocupar uma série de cargos burocráticos que asseguraram sua participação na elaboração da política ambiental do governo Vargas.This work aims to analyze the trajectory of the botanist Paulo Campos Porto, aiming to understand the creation, in the 1930s, of the first laws and other measures aimed at protecting Brazilian nature and the participation of scientists in the design and implementation of these initiatives. This botanist is not usually considered, like his grandfather João Barbosa Rodrigues is, one of the great national figures of the science he professed. However, an aspect of his trajectory makes it especially relevant: a certain political-administrative prestige that led him to occupy a series of bureaucratic positions that ensured their participation in the elaboration of the environmental policy of the Vargas government.