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A cobertura da gripe A(H1N1) 2009 pelo Fantástico
The coverage of influenza A(H1N1) 2009 by Fantástico
Registro en:
MEDEIROS, Flavia Natércia da Silva; MASSARANI, Luisa Medeiros. The coverage of influenza A(H1N1) 2009 by Fantástico. Intercom. Rev. Bras. Ciênc. Comun. São Paulo, v.34, n.1, p.41-59, 2011.
1809-5844
Autor
Medeiros, Flavia Natércia da Silva
Massarani, Luisa Medeiros
Resumen
A televisão é uma das principais fontes de informação sobre saúde tanto para o
público geral quanto para os profissionais de saúde. O objetivo deste estudo é
analisar a cobertura da gripe A(H1N1) 2009 pelo Fantástico, conjugando uma
análise de conteúdo com uma análise qualitativa sobre a forma como o programa
apresentou a doença. Encontramos 16 matérias sobre o tema, veiculadas entre
26 de abril e 16 de agosto de 2009. A maioria teve como frame principal o alastramento
da doença, mostrando dados epidemiológicos na forma de numeradores
sem denominadores e falando em “alarde”, “pânico” e “preocupação”. As fontes
mais frequentes foram representantes de governo e as vozes mais ouvidas foram
cidadãos comuns. Medidas de contenção da gripe foram mencionadas com alta
frequencia, com destaque para o uso de máscaras e a higienização das mãos.
Também foram frequentes recomendações feitas por médicos e cerca de metade
das matérias abordou os sintomas. Nossos resultados indicam que a cobertura
do Fantástico optou por manter um tom de preocupação por meio das narrativas
compostas e das imagens que acompanharam as matérias feitas sobre a gripe
A(H1N1) 2009. Television is one of the main sources of health information for the general public
and health professionals. The aim of this paper is to analyze the coverage of the
influenza A(H1N1) 2009 by the main Brazilian infotainment program, Fantástico,
broadcast on Sunday prime time. We studied Fantástico coverage through quantitative
and qualitative content analysis. A(H1N1) flu generated a sustained coverage
that started on the 26th April and finished on the 16th August 2009. We found
16 stories, which were most often built on the spread of the disease, presenting
epidemiological data as numerators without denominators, and using words such
as “alarm”, “concern” and “panic”. The most frequently mentioned sources were
governmental authorities and the most frequently heard voices were average
citizens. Containment measures appeared in most stories, highlighting the use
of surgical masks and the correct washing of hands. Recommendations were also
frequently made by physicians and symptoms were described in most stories. Our
results suggest that Fantástico kept a tone of concern along its coverage of the new
flu, both through the text and the images used to compose its narratives.
Key words: Television. Coverage. Influenza A(H1N1) 2009