This article is part of a doctoral thesis in development whose empirical research motivated the construction and preparation of a bibliographic survey about the category of habitus in Bourdieusian theory, with the aim of building a reflection on the relationship between the meaning of habitus in Bourdieu (1980), in the specific field of work, and illness from the process of productive restructuring, recovering old paradigms that condition the contemporary reality. It starts from the understanding that work is the element that clarifies the social mediations necessary to apprehend the history of society, and, therefore, it is not a field that is excluded from Bourdieu's conceptual universe, but constitutes it in the proportion in which it integrates and influences the habitus of social agents. In this sense, we problematize the author's contributions, relating them to the discussions carried out by the sociology of work, valuing those concerning the ideopolitical determinations of the "new neoliberal reason" for the phenomenon of social precariousness of work and the consequences for the subjectivity and illness of workers. In this sense, it is understood that the multi-causal nexus between the habitus of social precarization of work and the process of psychological suffering remains in the social invisibility, either because of the political intentionality, or because of the automated and immediatist rationality present in our society.Este artigo é parte de uma tese de doutorado em desenvolvimento cuja pesquisa empírica motivou a construção e a elaboração de um levantamento bibliográfico acerca da categoria de habitus na teoria bourdieusiana, com o objetivo de construir uma reflexão sobre a relação entre o significado do habitus em Bourdieu (1980), no campo específico do trabalho, e o adoecimento a partir do processo da reestruturação produtiva, recuperando velhos paradigmas que condicionam a realidade contemporânea. Parte da compreensão de que o trabalho é o elemento que esclarece as mediações sociais necessárias para apreender a história da sociedade, e, portanto, não se trata de um campo que se exclui do universo conceitual de Bourdieu, mas que o constitui na proporção em que integra e influencia o habitus dos agentes sociais. Nesse sentido, problematizamse as contribuições do autor, relacionandoas às discussões realizadas pela sociologia do trabalho, valorizando àquelas concernentes às determinações ideopolíticas da “nova razão neoliberal” para o fenômeno da precarização social do trabalho e as consequências para a subjetividade e adoecimento dos trabalhadores. Nesse sentido, compreende-se que o nexo multicausal entre esse habitus da precarização social do trabalho e o processo de sofrimento psíquico permanece na invisibilidade social, seja pela intencionalidade política, seja pela racionalidade automatizada e imediatista presente em nossa sociedade.