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A PREPOSIÇÃO PARA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: ENTRE A INVARIÂNCIA DE FUNCIONAMENTO E A VARIAÇÃO SEMÂNTICA
Autor
Gonçalves,Paula de Souza
Institución
Resumen
Propomos uma reflexão sobre o estatuto léxico-gramatical da preposição ''para'' do português brasileiro tomando-a como parâmetro para obter respostas em um contexto mais amplo, o das ''preposições''. Nossa perspectiva teórica (Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas - TOPE) tem como objeto o enunciado e o fenômeno referencial. No âmbito desta teoria, uma preposição não é apreendida como a tradução de um sentido que existiria independentemente do próprio material verbal no qual ela se encontra inserida, o que atesta a impossibilidade de identificá‑la, semanticamente, por meio de um sentido básico, de um ''conteúdo permanente'', visto ser este necessariamente fruto da inserção discursiva da preposição. A partir dessa hipótese, ilustrada pela leitura de um enunciado, mostraremos ser possível propor uma definição semântica unitária de ''para'' sustentada por esquemas operatórios que se manifestam no conjunto de seus empregos e que não separam o léxico da gramática.