Tese de doutorado
Influência da hipertensão arterial no padrão fenotípico da lesão periapical, na diferenciação dos osteoclastos, na resposta teciduale na capacidade de mineralização do cimento reparador MTA
Influence of hypertension in periapical lesion phenotype pattern, in osteoclastic differentiation, in tissue response and mineralization capacity of MTA repairing cement
Registro en:
000869985
33004021073P5
Autor
Martins, Christine Men [UNESP]
Resumen
Entre as consequências da forma de ação do MTA e seus produtos encontra-se a participação na indução da mineralização nos tecidos onde é aplicado e a redução da inflamação ali presente. Sendo a hipertensão arterial uma desordem crônica de cunho inflamatório que parece agir negativamente na mobilização do cálcio e nas estruturas ósseas do organismo, pode-se inferir que o desenvolvimento da lesão periapical e o seu tratamento por meio do uso do MTA podem ser alterados pela presença do estado hipertensivo. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi de estudar a influência da hipertensão arterial no padrão fenotípico da lesão periapical, na diferenciação dos osteoclastos, na resposta inflamatória tecidual e na capacidade de mineralização dos cimentos reparadores à base de MTA. Para isso o trabalho foi dividido em três artigos. O artigo 1 comparou aspectos potenciais da formação da lesão periapical nas condições de hipertensão e normotensão, tendo como hipóteses nulas que a hipertensão não altera a quantidade de osteoclastos diferenciados, o tamanho da lesão periapical e a expressão das citocinas inflamatórias IL1α, IL1β e TNFα da lesão periapical. Esse artigo teve como resposta que, apesar de não haver diferenças estatisticamente significantes entre o tamanho da lesão periapical e a expressão de citocinas inflamatórias, ratos hipertensos apresentaram um elevado número de osteoclastos diferenciados. Já o artigo 2 investigou se a hipertensão afeta a resposta tecidual do MTA branco e cinza implantados subcutaneamente em ratos, bem como a capacidade dessas substâncias para induzir a mineralização, sendo a hipótese nula testada que a hipertensão não altera a resposta tecidual e capacidade de mineralização do MTA. Por meio dos resultados para as análises histológicas com as colorações Hematoxilina e Eosina e Von Kossa e sob luz polarizada, observou-se que a hipertensão exacerba a resposta inflamatória e diminui a capacidade de mineralização, prejudicando, dessa forma, tanto o reparo tecidual quanto a mineralização. Por sua vez, o artigo 3 investigou se hipertensão afeta a resposta de mineralização do MTA branco e cinza implantados subcutaneamente em ratos, através dos biomarcadores osteoblásticos RUNX-2, OPN e OCN em ratos, sendo a hipótese nula que a habilidade de mineralização do MTA não é afetada pela hipertensão. Os resultados apontaram para o prejuízo da capacidade de mineralização para o MTA frente à hipertensão. Então, de forma geral, pode-se concluir que há a associação da hipertensão com periapicopatias de origem endodôntica e seu tratamento, sendo que a hipertensão parece interferir negativamente na quantidade de osteoclastos e na ação do MTA quanto a resposta inflamatória e a capacidade de mineralização. Isso pode colocar a hipertensão como um fator prejudicial para o sucesso do tratamento/retratamento endodôntico. Among MTA and its products consequences, it is found the participation in mineralization induction in tissue where it is applied and reduction of inflammation maybe present. High blood pressure is a chronic inflammatory disorder that seems acting negatively on calcium mobilization and bone structures of the body. So it can be inferred that periapical lesion development and its treatment using MTA can be altered by the presence of a hypertensive state. Thus, the objective of this research was to study the influence of hypertension in periapical lesion phenotypic, in osteoclast differentiation, in tissue inflammatory response and mineralization ability of MTA repair cements. For this, work was divided into three articles. Article 1 compared potentials aspects of periapical lesion formation in hypertensive and normotensive conditions. Null hypothesis was high blood pressure does not change the number of differentiated osteoclasts, periapical lesion size and expression of IL1α, IL1β and TNFα inflammatory cytokines in apical periodontitis. Among results, although there was no statistically significant difference between periapical lesion size and inflammatory cytokines expression, hypertensive mice showed a large number of differentiated osteoclasts. Article 2 investigated whether hypertension affect tissue response and mineralization ability of white and grey MTA implanted subcutaneously in rats. Null hypotheses were that high blood pressure did not alter tissue response and mineralization capacity against MTA. Through histological analyzes with Hematoxylin and Eosin and Von Kossa stains and under Polarized Light was observed hypertension exacerbates inflammatory response and decrease mineralization capacity, damaging both tissue repair and mineralization. In turn, article 3 investigated whether hypertension affects white and gray MTA mineralization response when they were implanted subcutaneously in rats through osteoblast biomarkers RUNX-2, OPN and OCN. Null hypothesis was that MTA mineralization ability it is not affected by hypertension. The results pointed to the prejudice of MTA mineralization capacity against hypertension. So, in general, it can be concluded that there is an association between periapical problems and its treatment, wherein hypertension impairs number of osteoclasts and MTA action in inflammatory response and mineralization, thus it may be a detrimental factor for successful of endodontic treatment or retreatment. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) FAPESP: 2013/09446-1