Tese de livre-docência
Bruxismo do sono e disfunção temporomandibular: avaliação clínica e polissonográfica
Registro en:
CAMPARIS, Cinara Maria. Bruxismo do sono e disfunção temporomandibular: avaliação clínica e polissonográfica. 2005. 216 f. Tese (livre-docência) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araraquara, 2005.
000554996
camparis_cm_ld_arafo.pdf
8786391650842720
Autor
Camparis, Cinara Maria [UNESP]
Resumen
O objetivo deste estudo foi buscar um melhor entendimento sobre a dor músculo-esquelética crônica da face e sua relação com o bruxismo do sono. Quarenta pacientes foram avaliados de acordo com o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders: Grupo A - 20 pacientes com DTM, com média de idade de 32,7 anos e duração média da dor de 4,37 anos; Grupo B - 20 pacientes sem DTM, com média de idade de 30,8 anos. As variáveis do sono e do bruxismo foram avaliadas em exame polissonográfico. As características clínicas foram estatisticamente diferentes entre os dois grupos: o grupo A apresentou maior freqüência de auto-relato de dor matinal (p=0,0113) e estalido articular (p=0,0269), maior grau de sintomas físicos não específicos (p=0,001) e de limitações da função mandibular (p=0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa para as variáveis do bruxismo: número de episódios de bruxismo por hora, número de surtos por episódio e por hora, duração total, porcentagem em cada estágio do sono, tipo e amplitude dos episódios. A arquitetura do sono mostrou-se dentro dos parâmetros de normalidade, sem nenhuma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos. Conclusões: as características clínicas dos pacientes com bruxismo do sono, com e sem DTM, são diferentes, mas as características do sono e do bruxismo são similares. Mais estudos são necessários para esclarecer as razões pelas quais alguns pacientes com bruxismo do sono desenvolvem dor milfascial crônica e outros não. The objective for this study was to seek better understanding of chronic musculoskeletal facial pain and its relation to sleep bruxism. Forty patients were evaluated according to the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders: Goup A – 20 patients with TMD, average age 32.7 years, mean duration of pain 4.37 years; Group B – 20 patients without TMD, average age 30.8 years. The sleep and bruxism were evaluated in full-night polysomnography. The clinical characteristics were statistically different between the two groups: group A presented higher frequency of AM stiffness (p=0,0113) and TMJ click (p=0,0269), nonspecific physical symptoms scale (p=0,001) and limitations related to mandibular functioning (p=0,001). There were no statistically significant differences for bruxism variables: number of episodes per hour, number of bursts per hour and per episode, total duration, percentage in sleep stages, type and amplitude of episodes. The sleep architecture showed normality parameters and there was no difference among the sleep variables of the two groups. Conclusions: the clinical characteristics of patients with sleep bruxism, with and without TMD, are different but the general characteristics of sleep and bruxism are similar. More studies are necessary to clarify the reasons why some sleep bruxism patients develop chronic myofascial pain, and other do not.