Dissertation
Utilização do exoma na identificação de variantes genéticas relacionadas as Imunodeficiências Primárias (PIDs)
Fecha
2019Registro en:
DUTRA, Juliana Teixeira. Utilização do exoma na identificação de variantes genéticas relacionadas as Imunodeficiências Primárias (PIDs). 2019. 98 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
Autor
Dutra, Juliana Teixeira
Institución
Resumen
As imunodeficiências primárias (PIDs) são doenças genéticas que têm como principal característica alterações do sistema imune, caracterizadas por deficiências de desenvolvimento e/ou função desse sistema, levando o paciente à maior suscetibilidade às infecções de repetição, doenças auto-imunes e/ou neoplasias. Estão agrupadas como um único grupo de doenças e a sua classificação, varia de acordo com a natureza da deficiência imunológica subjacente, podendo ser por deficiências de anticorpos, imunodeficiências combinadas, desordens de células fagocitárias, entre outras. Estimam-se sua incidência entre 1:2.000 crianças nascidas vivas e o diagnóstico precoce dessas doenças, é essencial para a redução da morbidade e mortalidade desses pacientes. A identificação precoce e o tratamento eficiente das PIDs são pontos chaves para a sobrevivência e melhor qualidade de vida dos pacientes imunodeficientes, modificando de maneira decisiva o prognóstico destas doenças. Na busca de um diagnóstico mais rápido e eficaz, esse trabalho dispôs de uma análise multigênica de pacientes com pelo menos 1 dos 10 sinais de alerta para PID. Foram sequenciados e analisados 34 casos, sendo 25 do sexo masculino e 9 do sexo feminino. Utilizou-se ferramentas de nova geração e filtros específicos, baseados nos resultados do sequenciamento total do exoma, possibilitando assim , o diagnóstico de 7 casos de Agamaglobulinemia (gene BTK), 2 casos de Wiskott-Aldrich (gene WAS), 1 caso de Doença Granulomatosa Crônica (gene CYBB), 1 caso de Síndrome de Hiper-IgM do tipo I (gene CD40LG) e a investigação parental dos 23 casos sem diagnóstico concluído. Esses achados foram confirmados através do Sequenciamento de Sanger, considerado como padrão ouro para o estudo.