Thesis
Correlação entre condição periodontal e resistência parcial ao uso da varfarina
Fecha
2013Registro en:
SILVA FILHO, Paulo Moreira da. Correlação entre condição periodontal e resistência parcial ao uso da varfarina. 2013. 140 f. Tese (Doutorado em pesquisa clínica em doenças infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2013.
Autor
Silva Filho, Paulo Moreira da
Institución
Resumen
Fundamento: A anticoagulação oral é terapia fundamental em diversas doenças cardiovasculares. A monitorização do seu efeito é feita pela medida do INR (index normatized ratio), porém existem diversos fatores que influenciam no efeito do principal anticoagulante oral disponível, a varfarina. Assim, é frequente que a manutenção do INR dentro do alvo terapêutico seja tarefa difícil. Portanto, o estudo de qualqu er condição que possa afetar o efeito da varfarina é importante. Pacientes com doença periodontal (DP) com resitência parcial ao efeito da varfarina apresentaram aumento do INR após o tratamento da DP (Silva Filho 2007). A microbiota patógena da DP pode produzir vitamina K localmente para atender a necessidades de agentes microbianos da doença, como a Prevotella interme dia (Gibbons 1960). Assim, nossa hipótese é que haja aumento da vitamina K na DP levando à resistência parcial ao uso da varfarina. Objetivos : Comparar a prevalência e gravidade da DP e os níveis séricos de vitamina K em pacientes resistentes e não resistentes a varfarina. Além disso, correlacionamos a gravidade da DP com os níveis de INR, dose de varfarina e níveis séricos de vitamina K Métodos: Estudo caso controle que incluiu 26 pacientes, cardiopatas, em uso de dose elevada de varfarina (>70 mg/semana \2013 grupo I), e 27 pacientes não resistentes a varfarina (<40 mg/semana - grupo II). Foram comparados a presença e gravidade da DP, INR, dose de varfarina, e nível sérico de vitamina K nos dois grupos de pacientes. Verificamos se havia correlação entre a presença e o grau de DP com os níveis plasmáticos de vitamina K, a dose necessária de varfarina e o INR alcançado. Os cálculos estatísticos for am feitos usando-se programa R-project.org. A diferença foi considerada significante com P < 0,05 Resultados: Como esperado pelo critério de seleção, a dose semanal de varfarina utilizada pelos pacientes do grupo I foi maior que no grupo II. O valor médio de INR foi menor no grupo I indicando sua resistência ao efeito clínico da varfarina. A DP foi mais prevalente no grupo I (77%) que no grupo II (48%), mas não foram encontradas diferenças em relação ao nível sérico de vitamina K em relação aos dois grupos . Também não foram encontradas diferenças em relação ao nível sérico de vitamina K em relação aos pacientes com ou sem DP. Conclusões: O grupo de pacientes com resistência a varfarina apresentou maior prevalência de DP que o grupo sem resistência à varfari na. No entanto, não houve diferença no nível sérico de vitamina K entre os dois grupos. Isso indica que outros mecanismos podem estar atuando para justificar a associação entre DP e resistência a varfarina