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Mamíferos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos: atualização da lista de espécies e implicações para a conservação
Fecha
2019Registro en:
CRONEMBERGER, Cecilia et al. Mamíferos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos: atualização da lista de espécies e implicações para a conservação. Oecologia Australis, v. 23, n. 2, p. 191-214, 2019.
2177-6199
10.4257/oeco.2019.2302.02
Autor
Cronemberger, Cecilia
Delciellos, Ana Cláudia
Barros, Camila dos Santos de
Gentile, Rosana
Weksler, Marcelo
Braz, Alan Gerhardt
Teixeira, Bernardo Rodrigues
Loretto, Diogo
Vilar, Emmanuel Messias
Pereira, Fabiane Aguiar
Santos, Jayme Roberto Cirilo dos
Geise, Lena
Pereira, Luciana Guedes
Aguieiras, Marcia
Vieira, Marcus Vinicius
Estrela, Pedro Cordeiro
Junger, Raquel Batista
Honorato, Reginaldo dos Santos
Moratelli, Ricardo
Vilela, Roberto do Val
Guimarães, Roger Rodrigues
Cerqueira, Rui
Costa Neto, Sócrates Fraga da
Cardoso, Thiago dos Santos
Nascimento, Jorge Luiz do
Institución
Resumen
A lista mais recente dos mamíferos que ocorrem no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO),
com 79 registros, consta no seu segundo Plano de Manejo, publicado em 2008. O presente estudo teve como
objetivo atualizar a lista de espécies de mamíferos do PARNASO, inserindo novos registros de espécies obtidos
através de dados primários e revisão bibliográfica, considerando o período de 2002 a 2018. A revisão da lista
do Plano de Manejo resultou em 75 registros válidos. Destes, três espécies foram consideradas localmente
extintas (Panthera onca, Tayassu pecari e Tapirus terrestris) e não foram incluídas na presente lista. Desse
modo, listamos aqui 100 espécies com registros recentes no PARNASO, o que representa um acréscimo de
28 espécies. As ordens com maior riqueza de espécies foram Rodentia e Chiroptera, com 32 e 23 espécies,
respectivamente. Das espécies registradas, quatro são invasoras (Callithrix jacchus, C. penicillata, Rattus
norvegicus e R. rattus), três são domésticas (Bos taurus, Canis familiaris e Felis catus), e 26 são ameaçadas
de extinção. A análise da distribuição espacial da riqueza de espécies mostrou que apenas metade da área
do parque possui ao menos um registro, e que os registros estão concentrados onde há infraestrutura para a
pesquisa. A presença de espécies domésticas e invasoras, bem como as extinções locais detectadas, indicam a
necessidade de ações de manejo no interior do parque. Esse grande acréscimo de espécies à lista evidencia o
desenvolvimento da pesquisa com mamíferos nesta Unidade de Conservação e a necessidade de compilações
mais frequentes dos resultados devido aos vários projetos em curso. O PARNASO tem papel de destaque na
conservação de mamíferos ao ainda manter uma das maiores riquezas de espécies do Estado do Rio de Janeiro,
e grande importância para a pesquisa, abrigando uma ampla gama de estudos e projetos de longa duração.