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Condições de vida e promoção emancipatória da saúde no acesso à terra no sudeste paraense
Fecha
2020Registro en:
PINTO, Jax N. Aragão; PORTO, Marcelo F. Souza. Condições de vida e promoção emancipatória da saúde no acesso à terra no sudeste paraense. Trabalho, Educação e Saúde, v.18, n.3, e00293125, 2020.
1981-7746
10.1590/1981-7746-sol00293
Autor
Pinto, Jax Nildo Aragão
Porto, Marcelo Firpo Souza
Institución
Resumen
O artigo visa discutir as condições de vida e a promoção emancipatória da saúde com base nas evidências descritivas dos relatórios da Comissão Pastoral da Terra, referências sobre a luta pelo acesso à terra no sudeste paraense, protagonizada por migrantes sem terra e articulada com o movimento camponês. Com isso, problematizou-se: em que medida o acesso à terra promoveu melhorias nas condições de vida dos migrantes sem terra no sudeste paraense? Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, com base nos achados expressos em documentos e relatórios da Comissão Pastoral da Terra à luz das teorias pós-coloniais e da saúde coletiva. Apresenta uma discussão crítica sobre o modelo de desenvolvimento capitalista neoextrativista e o moderno sistema-mundo, fabricante de exclusão e subalternização, propondo alternativas epistemológicas e ontológicas, em articulação com as lutas sociais emancipatórias nos campos e nas cidades. Há evidências nos relatórios da Comissão Pastoral da Terra e nos dados oficiais do Instituto de Colonização e Reforma Agrária de que o acesso à terra na região analisada alterou as condições de vida e saúde de milhares de sem terra num contexto de elevados conflitos e violência no campo.