TCC
Perfil Epidemiológico dos Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbitos confirmados para COVID-19 no Rio Grande do Sul, 2020
Fecha
2020Registro en:
VALLANDRO, Marcelo Jostmeier. Perfil Epidemiológico dos Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbitos confirmados para COVID-19 no Rio Grande do Sul, 2020. 2020. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS)—Escola Fiocruz de Governo, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2020.
Autor
Vallandro, Marcelo Jostmeier
Institución
Resumen
Introdução: A pandemia de COVID-19 é causada pelo SARS-CoV-2 e causa uma doença
respiratória aguda. O objetivo desse trabalho foi descrever o perfil epidemiológico dos casos
de Síndrome Respiratória Aguda Grave e óbitos confirmados para COVID-19 no Rio Grande
do Sul, 2020. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo dos casos segundo data de início
dos sintomas no período de 01 de janeiro de 2020 a 03 de outubro de 2020 de residentes do
estado com classificação final para COVID-19 no sistema SIVEP-Gripe. Foram descritos
segundo variáveis de pessoa, tempo e lugar e calculada a incidência cumulativa e taxa de
mortalidade por 100.000 habitantes nas 21 regiões COVID-19 do estado. Resultados: Foram
registrados 18.172 casos de SRAG confirmados para COVID-19 e 5.319 óbitos no período.
Houve predomínio do sexo masculino (54,46% casos e 55,84% óbitos). A mediana da idade
para os casos de foi de 62 anos e nos óbitos foi de 72 anos (variação: 0 a 108) com 80,24%
dos óbitos ocorreram na população de idosos (60 anos ou mais). A raça/cor branca foi
predominante. 59,10% dos casos não tinham nenhuma escolaridade ou apenas o ensino
fundamental. Nos óbitos, 84%, 82% e 73% apresentaram dispneia, saturação de 02<95% e
desconforto respiratório. 75% dos casos possuíam pelo menos uma comorbidade (92% nos
óbitos) sendo cardiopatia e diabetes as mais frequentes. A incidência cumulativa no período
foi de 160,4 casos por 100 mil/hab e a taxa de mortalidade de 46,9 óbitos. Conclusões: Este
estudo permitiu um melhor conhecimento sobre o perfil da doença no estado. Fatores como a
idade mais elevada e presença de comorbidades foram marcantes nos casos que evoluíram a
óbito. A assistência hospitalar adequada e a internação em leitos de UTI de casos mais graves
são fatores importantes para um desfecho favorável dos pacientes.