Article
O diagnóstico citológico de células escamosas atípicas – uma avaliação crítica das recomendações diagnósticas
Fecha
2008Registro en:
RUSSOMANO, Fábio; MONTEIRO, Aparecida Cristina Sampaio; MOUSINHO, Roberta Osta. O diagnóstico citológico de células escamosas atípicas – uma avaliação crítica das recomendações diagnósticas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 30, n. 11, p. 573-582, 2008.
0100-7203
Autor
Russomano, Fábio Bastos
Monteiro, Aparecida Cristina Sampaio
Mousinho, Roberta Osta
Institución
Resumen
OBJETIVO:identificar recomendações válidas para abordagem de mulheres com diagnóstico citopatológico de
atipias de significado indeterminado em células escamosas (ASC), discutindo sua aplicabilidade ao cenário brasileiro.
MÉTODOS:foi realizada uma busca eletrônica de publicações no PubMed, National Guidelines Clearinghouse e
Google Acadêmico, além de busca manual das referências dos documentos encontrados. As diretrizes identificadas
e especificamente relacionadas ao tema foram avaliadas segundo sua validade e suas recomendações, criticadas e
sumarizadas. RESULTADOS:as diretrizes consideradas válidas foram aquelas elaboradas para o Reino Unido, França,
Austrália, EUA e Nova Zelândia. Esses documentos recomendam que a citologia seja repetida seis ou doze meses
antes de encaminhar para colposcopia nas ASC de significado indeterminado (ASC-US) e encaminhamento imediato
para colposcopia em ASC nas quais não é possível afastar lesão de alto grau (ASC-H). Também foram encontradas
recomendações válidas de colposcopia para mulheres com ASC-US em situações especiais (imunocomprometidas e que
demandem asseguramento por especialista) e uso de testes para HPV oncogênico que, quando presente em mulheres com
mais de 20 anos, deve motivar encaminhamento para colposcopia. CONCLUSÕES:as condutas clínicas preconizadas
para o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero no Brasil podem ser aperfeiçoadas, acrescentando-se o encaminhamento para colposcopia em situações especiais (imunocomprometidas e que demandem asseguramento
por especialista), o uso do teste para detecção de HPV oncogênico em mulheres com mais de 20 anos (quando presente,
deve-se encaminhar para colposcopia), a investigação de lesões vaginais e o uso de preparo estrogênico prévio à
colposcopia em mulheres na pós-menopausa, dispensando a biópsia quando presentes alterações menores.