Dissertation
Anos de vida perdidos por morte prematura: o efeito de diferentes critérios de correção de sub-registro
Fecha
2007Registro en:
COSTA, Maria de Fátima dos Santos. Anos de vida perdidos por morte prematura: o efeito de diferentes critérios de correção de sub-registro. 2007. 103 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.
Autor
Costa, Maria de Fátima dos Santos
Institución
Resumen
Dados de mortalidade, como instrumento de descrição do estado de saúde de uma
população, permanecem imprescindíveis para o planejamento e gestão na área de saúde.
Entretanto, o sub-registro e a baixa qualidade das informações sobre a causa básica do
óbito são fatores que comprometem a utilidade dos dados de mortalidade na construção de
indicadores, principalmente em países em desenvolvimento. No Brasil, o sub-registro afeta
a ambos os sistemas oficiais de registro, o Sistema de Registro Civil e o Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM). Com isto, o IBGE e a RIPSA recorrem a técnicas
indiretas para sua correção que, em geral, resultam em resultados discordantes para um
mesmo indicador. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o impacto de três diferentes
formas de correção do sub-registro de óbitos na identificação das principais causas de
mortalidade, utilizando-se o indicador YLL, para o Brasil e Grandes Regiões, segundo
sexo. A primeira, utiliza fatores de correção diferenciados por UF, sexo e grupo etário
(critério 1). Na segunda, um fator único de correção é adotado (critério 2). Na terceira,
fatores de correção diferenciados são utilizados, mas apenas os óbitos de municípios
distintos da capital ou não pertencentes à região metropolitana são corrigidos (critério 3).
Constatou-se que, apesar das diferenças mais acentuadas para a ordenação das principais
causas entre os critérios estarem concentradas nas regiões Norte e Nordeste e para o
conjunto do Brasil, a aplicação de diferentes critérios de correção do sub-registro de óbitos
não resultaria em distorções acentuadas na determinação das cinco ou dez primeiras causas
mais freqüentes de morte pelas organizações internacionais, uma vez que estas entidades
não consideram dados regionalizados. No entanto, o mesmo não pode ser dito no que diz
respeito ao nível do sub-registro. A adoção de um fator único de correção, sem levar em
consideração os diferenciais regionais, de idade e de sexo pode resultar em
superenumeração nas regiões onde o sub-registro é menor (Sudeste, Sul e Centro-Oeste) e
subenumeração, nas regiões de maior sub-registro de óbitos.