Article
Gravidez recorrente na adolescência e vulnerabilidade social no Rio de Janeiro (RJ, Brasil): uma análise de dados do Sistema de Nascidos Vivos
Repeated pregnancy among adolescents and social vulnerability in Rio de Janeiro (RJ, Brazil): data analysis of Information System on Live Births
Fecha
2011Registro en:
SILVA, Katia Silveira da et al. Gravidez recorrente na adolescência e vulnerabilidade social no Rio de Janeiro (RJ, Brasil): uma análise de dados do Sistema de Nascidos Vivos. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 5, p. 2485-2493, maio. 2011.
1413-8123
10.1590/S1413-81232011000500018
Autor
Silva, Kátia Silveira da
Rozenberg, Riva
Bonan, Claudia
Chuva, Vânia Cristina Costa
Costa, Simoni Furtado da
Gomes, Maria Auxiliadora de Sousa Mendes
Institución
Resumen
A recorrência da gravidez na adolescência é tema pouco estudado no Brasil, sendo necessário o debate dos direitos reprodutivos dessa parcela da população. Realizou-se estudo transversal com dados das Declarações de Nascidos Vivos de mães adolescentes residentes na cidade do Rio de Janeiro (RJ) do ano de 2005, com o objetivo de conhecer a magnitude e as características associadas à gravidez recorrente (GR). Foram estimadas razões de prevalência de GR com intervalos de confiança (IC) de 95% para variáveis selecionadas através de regressão multivariada log-binomial. Entre 12.168 adolescentes, identificou-se prevalência de GR de 29,1%. Os principais fatores associados à GR foram: idade 15-19 anos (RP=5,42 IC95% 3,72-7,81); não realizar pré-natal (RP=2,36 IC95% 2,16-2,58); escolaridade<4anos (RP=1,48 IC95% 1,25-1,76); ocupação dona de casa (RP=1,8 IC 95% 1,57-2,15) ou outra (RP=1,9 IC95% 1,73-2,10). Parto cesáreo e baixo peso foram associados negativamente a GR com RP iguais a 0,94 (IC95% 0,86-0,99) e 0,69 (IC95% 0,62-0,77). As adolescentes com gravidez recorrente tiveram indicadores socioeconômicos e assistenciais piores do que aquelas na primeira gravidez. Políticas sociais específicas para adolescentes mães em situação de vulnerabilidade possibilitariam melhores condições para o exercício de seus direitos reprodutivos.