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Associação de baixa estatura severa em crianças indígenas Yanomami com baixa estatura materna: indícios de transmissão intergeracional
Fecha
2019Registro en:
ORELLANA, Jesem Douglas Yamall et al. Associação de baixa estatura severa em crianças indígenas Yanomami com baixa estatura materna: indícios de transmissão intergeracional. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, n. 5, p. 1875-1883, 2019.
1413-8123
10.1590/1413-81232018245.17062017
1678-4561
Autor
Orellana, Jesem Douglas Yamall
Marrero, Lihsieh
Alves, Cristiano Lucas Menezes
Ruiz, Claudia Maribel Vega
Hacon, Sandra Souza
Oliveira, Marcos Wesley
Basta, Paulo Cesar
Institución
Resumen
O objetivo do estudo foi avaliar o estado nutricional de crianças e mulheres indígenas Yanomami e elucidar fatores associados. Estudo transversal, realizado em 17 aldeias, em 2014. Para a avaliação do estado nutricional utilizouse as curvas de crescimento de 2006 e os escores-Z (ESZ) de estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E), os quais foram gerados nos programas WHO-Anthro e WHO-AnthroPlus. Estatura inferior a 145cm foi o descritor de baixa estatura materna nas > 18 anos. A regressão de Poisson e as análises estatísticas foram efetuadas no software R, versão 3.1.2. Nos < 5 anos a prevalência de baixa E/I foi 83,8%, de baixo P/I 50%, de baixo P/E 5,4% e de sobrepeso 2,7%. Em 59,5% das crianças observou-se muito baixa E/I e em 68,1% das mães baixa estatura. As crianças de 36-59 meses apresentaram maior risco de baixa estatura severa, em comparação com as de 0,1-23 (RP = 1,3; IC 95%: 1,1-2,3), assim como os filhos de mães com estatura < 145cm, em relação aos filhos de mães com estatura > 144cm (RP = 2,1; IC 95%;1,2-3,6). As alarmantes prevalências de baixa estatura severa revelam a grave situação nutricional das crianças. Já a associação de baixa estatura severa nas crianças e baixa estatura materna reflete o caráter intergeracional do problema.