TCC
Produtos sob suspeita: o olhar do cidadão
Fecha
2009Registro en:
MARTINS, Mary Anne Fontenele. Produtos sob suspeita: o olhar do cidadão. 2009. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Vigilância Sanitária)—Diretoria Regional de Brasília, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2009.
Autor
Martins, Mary Anne Fontenele
Institución
Resumen
Esta pesquisa compreende um estudo de caso do tipo descritivo, que teve uma abordagem
quanti-qualitativa sobre os motivos que levaram o cidadão a denunciar os produtos sujeitos
a visa. O objetivo foi estudar o papel da Ouvidoria da Anvisa como espaço de participação
do cidadão, em especial na notificação de produtos que possam expor as pessoas ao risco
sanitário. A população do estudo foi composta de cidadãos que registraram alguma
denúncia/reclamação de produtos na Ouvidoria da Anvisa, durante o período de
01/01/2007 a 31/12/2008. Para isso, foi utilizado como fonte de coleta dos dados o sistema
de registro das demandas da Ouvidoria da Anvisa, chamado de anvis@atende. Observa-se
que o maior percentual de produtos denunciados pelo cidadão são os alimentos (48,5%),
seguidos por medicamentos (20,5%). Com foco nos medicamentos, constata-se que os
mais freqüentes são os antiinflamatórios (32), seguidos pelos anticoncepcionais (31), no
universo de 179 demandas que foram analisadas qualitativamente sob a técnica do
Discurso do Sujeito Coletivo (DSC’s). O principal motivo considerado pelo cidadão para
procurar a Ouvidoria foi a exigência da tomada de providências, indicando inclusive, qual
tipo esperado de ação poderia ser tomada frente ao produto. Além disso, o cidadão mostra
em seu discurso, o quão importante é a necessidade de se identificar e conhecer as reações
adversas a medicamentos, com os objetivos de prevenir e diminuir a morbidade e
mortalidade a elas relacionadas. A ouvidoria é um canal de participação e de pleno
exercício da cidadania, tendo em vista que o cidadão a procura para registrar sua queixa
sobre um produto que pode causar danos à sua saúde e de sua família. Para tanto há de se
considerar, neste momento, que para que a participação social seja ampliada e efetiva, são
necessárias ações que promovam a informação/educação/comunicação voltadas à
população, de modo a proporcionar maior visibilidade à missão da vigilância sanitária.