Article
Chromosomal abnormalities in couples with recurrent first trimester abortions.
Fecha
2014Registro en:
GONÇALVES, R. O. et al. Chromosomal abnormalities in couples with recurrent first trimester abortions. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia, v. 36, n. 3, p. 113-117, 2014.
1806-9339
10.1590/S0100-72032014000300004
Autor
Gonçalves, Rozana Oliveira
Santos, Wendell Vilas Boas
Sarno, Manoel
Cerqueira, Bruno Antonio Veloso
Gonçalves, Marilda de Souza
Costa, Olívia Lúcia Nunes
Institución
Resumen
OBJETIVO: Determinar a prevalência de alterações cromossômicas em casais com dois ou mais abortos recorrentes do
primeiro trimestre, sem causa definida. MÉTODOS: Foram incluídas 151 mulheres e 94 parceiros com história obstétrica de
2 ou mais abortos consecutivos de 1º trimestre (1-12 semanas de gestação). Os controles foram 100 mulheres saudáveis,
sem histórico de perda da gravidez. A análise cromossômica foi realizada em linfócitos de sangue periférico, cultivados
72 horas e tratados com a técnica Tripsina-Giemsa (GTG banda). Em todos os casos, foram analisadas 30 metáfases e
montados 2 cariótipos, sendo utilizada microscopia de luz. A análise estatística foi realizada por meio do teste t de Student
para dados com distribuição normal e o teste Mann-Whitney para os dados não paramétricos. Foi usado o teste de Kruskal-
Wallis ou Análise de Variância para comparação dos valores médios entre três ou mais grupos. O software utilizado foi o
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17.0. RESULTADOS: A frequência de alterações cromossômicas
das mulheres com aborto recorrente foi de 7,3%, incluindo 4,7% com mosaicismo do cromossomo X, 2% com translocações
recíprocas e 0,6% com translocações Robertsonianas. No total, 2,1% dos parceiros das mulheres com abortos recorrentes
tinham anormalidades cromossômicas, sendo 1% com mosaicismo do cromossomo X e 1% com inversões. Entre os controles,
1% apresentou mosaicismo. CONCLUSÃO: No presente estudo, foi observada associação entre alterações cromossômicas
e aborto recorrente no primeiro trimestre da gestação (OR=7,7; IC95% 1,2–170,5). A identificação etiológica de fatores
genéticos é uma informação clínica importante para o aconselhamento genético e orientação do casal quanto ao risco
para gestações futuras, bem como diminui o número de investigações para elucidar as possíveis causas dos abortamentos.