Dissertation
Relação entre marcadores do risco cardiovascular e a periodontite crônica
Fecha
2008Registro en:
DOMINGUES, José Eduardo Gomes. Relação entre marcadores do risco cardiovascular e a periodontite crônica. 2008. 77 f. Dissertação (Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias da Amazônia) - Instituto Leônidas e Maria Deane, Fundação Oswaldo Cruz; Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2008.
Autor
Domingues, José Eduardo Gomes
Institución
Resumen
Introdução: Recentes estudos têm investigado a relação da periodontite com várias condições sistêmicas, entre elas as doenças cardiovasculares, responsáveis pela morbi-mortalidade de quase metade da população em muitos países. Objetivo: Avaliar a associação entre parâmetros clínicos da doença periodontal e concentrações plasmáticas de marcadores do risco cardiovascular em pacientes com diferentes níveis de periodontite crônica.
Material e Métodos: Participaram do estudo 90 pacientes, nos quais foram coletadas
informações sócio-demográficas e realizados exames periodontais completos para o registro de índice de placa, índice gengival, profundidade de bolsa à sondagem (PBS), nível clínico de inserção (NCI) e retração gengival. Além disso, as concentrações plasmáticas de lipoproteína de alta densidade (HDL-c), proteína C reativa (PCR) e PCR-ultra-sensível (PCRus) e (LDL) determinadas por Imunoturbidimetria ou por ensaio imunoenzimático foram quantificadas. As associações entre variáveis contínuas da doença periodontal e concentrações plasmáticas de marcadores do risco cardiovascular foram testadas utilizando-se o Coeficiente de Correlação de Spearman e Modelos Lineares Generalizados. Comparações das concentrações plasmáticas de marcadores do risco cardiovascular foram conduzidas entre grupos de indivíduos com
diferentes níveis de doença periodontal de acordo com diferentes pontos de corte através do teste qui-quadrado e teste t. Resultados: Não foi observada associação entre as concentrações plasmáticas de PCR, PCR-us e o LDL- com os parâmetros clínicos da doença periodontal. Observou-se uma correlação
inversa estatisticamente significativa entre o HDL-c plasmático e o número de sítios com PBS
3 mm (r=- 0,223) e número de sítios com PBS 3 mm e NCI 3 mm (r=- 0,216). Após o ajuste para placa dental e fumo as associações permaneceram significativas para ambos os parâmetros periodontais (p<0,05). As concentrações de HDL-c foram estatisticamente diferentes entre os grupos com diferentes níveis de doença periodontal (p=0,019). Os grupos 0 foram formados pela divisão amostral em tercis a partir da média de PBS: 1 Tercil<2,18mm; 0 0 2 Tercil=2,18 a 2,55mm e 3 Tercil >2,55mm. As médias de concentrações HDL-c foram estatisticamente diferentes entre os grupos com ou sem doença periodontal (p=0,016), sendo considerado com doença periodontal os sujeitos com pelo menos 46 sítios (mediana) com PBS 3mm.
Conclusão: Parâmetros clínicos da periodontite crônica parecem estar associados com as
concentrações plasmáticas de HDL-c.