Article
Novos fármacos e fármacos repropostos para o tratamento da tuberculose multirresistente e extensivamente resistente
Fecha
2018Registro en:
SILVA, Denise Rossato et al. Novos fármacos e fármacos repropostos para o tratamento da tuberculose multirresistente e extensivamente resistente. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 44, n. 2, p. 153-160, 2018.
1806-3713
10.1590/s1806-37562017000000436
1806-3756
Autor
Silva, Denise Rossato
Dalcolmo, Margareth
Tiberi, Simon
Arbex, Marcos Abdo
Munoz-Torrico, Marcela
Duarte, Raquel
D’Ambrosio, Lia
Visca, Dina
Rendon, Adrian
Gaga, Mina
Zumla, Alimuddin
Migliori, Giovanni Battista
Institución
Resumen
A tuberculose multirresistente (TB-MDR, do inglês multidrug-resistant) e a extensivamente
resistente (TB-XDR, do inglês extensively drug-resistant) continuam representando um
desafio para os clínicos e as autoridades de saúde pública. Infelizmente, embora haja
relatos encorajadores de taxas de sucesso maiores, a taxa global de desfechos favoráveis
do tratamento da TB-MDR/XDR é de apenas 54%, ou muito menor quando o espectro
de resistência aos fármacos vai além do da TB-XDR. O tratamento da TB-MDR/XDR
continua sendo uma tarefa difícil, em razão da alta incidência de eventos adversos,
do longo tempo de tratamento, do alto culto dos esquemas utilizados e da drenagem
dos recursos de saúde. Diversos ensaios e estudos foram realizados recentemente
(alguns já publicados e outros em andamento), todos visando a melhorar os desfechos
do tratamento da TB-MDR/XDR por meio da alteração da abordagem geral, redução
do tempo de tratamento e desenvolvimento de um esquema universal. O objetivo
desta revisão foi resumir o que se conseguiu até o momento, no que se refere a novos
fármacos e fármacos repropostos, dando foco especial para delamanid, bedaquilina,
pretomanida, clofazimina, carbapenêmicos e linezolida. Após mais de 40 anos de
negligência, recentemente foi dada mais atenção á necessidade de novos fármacos para
se combater a “praga branca”, e resultados promissores estão sendo relatados.