Article
Analysis of COVID-19 under-reporting in Brazil
Fecha
2020Registro en:
PRADO, Marcelo Freitas et al. Analysis of COVID-19 under-reporting in Brazil. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 32, n. 2, p. 224-228, 2020.
0103-507X
10.5935/0103-507x.20200030
Autor
Prado, Marcelo Freitas
Antunes, Bianca Brandão de Paula
Bastos, Leonardo Dos Santos Lourenço
Peres, Igor Tona
Silva, Amanda de Araújo Batista da
Dantas, Leila Figueiredo
Baião, Fernanda Araújo
Maçaira, Paula
Hamacher, Silvio
Bozza, Fernando Augusto
Institución
Resumen
Objetivo:
Estimar as taxas de notificação de casos de doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) para o Brasil em geral e em todos os estados.
Métodos:
Estimamos o número real de casos de COVID-19 utilizando o número de óbitos notificados no Brasil e em cada estado e a proporção entre casos e letalidade, conforme a Organização Mundial da Saúde. A proporção entre casos e letalidade prevista para o Brasil foi também ajustada segundo a pirâmide de idade populacional. Assim, a taxa de notificações pode ser definida como o número de casos confirmados (informados pelo Ministério da Saúde) dividido pelo número de casos previstos (estimado a partir do número de óbitos).
Resultados:
A taxa de notificação de COVID-19 no Brasil foi estimada em 9,2% (IC95%: 8,8% - 9,5%), sendo que, em todos os estados, as taxas encontradas foram inferiores a 30%. São Paulo e Rio de Janeiro, os estados mais populosos do país, mostraram baixas taxas de notificação (8,9% e 7,2%, respectivamente). A taxa de notificação mais alta ocorreu em Roraima (31,7%) e a mais baixa na Paraíba (3,4%).
Conclusão:
Os resultados indicam que a notificação de casos confirmados no Brasil é muito abaixo da encontrada em outros países que avaliamos. Assim, os responsáveis pela tomada de decisões, inclusive os governos, não têm conhecimento da real dimensão da pandemia, o que pode prejudicar a determinação das medidas de controle.