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Estrogenic Activity and Endocrine Disruptor Compounds Determined in Guanabara Bay (Brazil) by Yeast Estrogen Screen Assays and Chemical Analyses
Fecha
2021Registro en:
NASCIMENTO, Marillia Teresa Lima do et al. Estrogenic Activity and Endocrine Disruptor Compounds Determined in Guanabara Bay (Brazil) by Yeast Estrogen Screen Assays and Chemical Analyses. Anuário do Instituto de Geociências, Rio de Janeiro, v. 45, 45350, p. 1-11, Nov. 2021.
0101-9759
10.11137/1982-3908_45_45450
Autor
Nascimento, Marilia Teresa Lima do
Santos, Ana Dalva de Oliveira
Cunha, Danieli Lima da
Felix, Louise da Cruz
Silva, Giselle Gomes Moreira da
Hauser-Davis, Rachel Ann
Fonseca, Estefan Monteiro da
Bila, Daniele Maia
Baptista Neto, José Antônio
Institución
Resumen
Os estudos que avaliam a presença de compostos desreguladores endócrinos em ambientes marinhos têm aumentado nas últimas
décadas. No Brasil, a combinação de péssimas condições de saneamento e baixo investimento em estações de tratamento de esgoto leva
à contaminação significativa das águas receptoras. Os riscos desses micropoluentes na biota aquática incluem alterações bioquímicas
e histopatológicas do fígado, gônadas e rins, por exemplo, bem como modificações no processo reprodutivo e no desenvolvimento,
alterações comportamentais, entre outros. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade das águas superficiais e profundas da Baía de
Guanabara, sudeste do Brasil, quanto à presença de substâncias estrogênicas. Ensaios de toxicidade aguda também foram realizados
usando Vibrio fischeri. A atividade estrogênica das amostras de água foi determinada pelo ensaio Yeast Estrogen Screen e a quantificação
do Bisfenol A, estriol, 17β-estradiol e 17α-etinilestradiol por cromatografia líquida de alta eficiência, usando detectores fluorescência
e arranjo de diodos. A atividade estrogênica variou de 9 a 77 ng L-1 de equivalente estradiol. Entre os micropoluentes, as maiores
concentrações foram detectadas para bisfenol A (298,5 e 465,5 ng L-1) seguido por 17α-etinilestradiol (248 e 256,9 ng L-1), estriol
(70,7 e 179,6 ng L-1) e 17β-estradiol (167 e 174,8 ng L-1) para águas superficiais e profundas, respectivamente. Os resultados indicam
riscos significativos para o ecossistema da Baía de Guanabara. Nenhum efeito de toxicidade aguda foi observado no ensaio com V.
fisheri. Esses dados refletem a atual situação de degradação ambiental das águas da baía e destacam a necessidade de monitoramento
sistemático deste importante estuário.