TCC
Descrição clínico-epidemiológica dos casos de Sífilis em gestante no Brasil, 2019
Fecha
2020Registro en:
TANIGUCHI, Luciana Fetter Bertolucci. Descrição clínico-epidemiológica dos casos de Sífilis em gestante no Brasil, 2019. 2020. [31] f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS)—Escola Fiocruz de Governo, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2020.
Autor
Taniguchi, Luciana Fetter Bertolucci
Institución
Resumen
A sífilis na gestação é um grave problema de saúde pública, responsável por altos índices
morbimortalidade intrauterina. O objetivo do estudo foi descrever o perfil clínicoepidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestante no Brasil, no ano de 2019. Estudo
descritivo, no qual foram analisados os casos de sífilis em gestantes por data de notificação e
para isso foram utilizados dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan). Participaram do estudo 61.139 gestantes com sífilis notificadas no ano de
2019, e identificou-se que em sua maioria, 34.016 (55,7%), tinham entre 20 e 29 anos; eram
negras, 38.537 (68,9%); 12.702 com ensino médio completo e 10.755 fundamental incompleto
(20,8% e 17,6%, respectivamente); sendo mais de 50% dos casos diagnosticados tardiamente,
com 14.793 (24,0%) no segundo trimestre e 18,892 (30,4%) no terceiro trimestre; 23.233 (38%)
dos casos foram de sífilis latente, e 15.285 (25%) de sífilis primária; quanto ao esquema de
tratamento, verificou-se que 54.780 (89,6%) das mulheres foram tratadas com a penicilina
benzatina, e que destas, 49.584 (81,1%) receberam o tratamento adequado para sua
classificação clínica. A taxa de detecção nacional foi de 20,8 casos por mil nascidos vivos, e a
do Rio de Janeiro foi maior que o dobro da taxa nacional, com 44,5. Os estados com menor
proporção de casos com tratamento adequado foram Amapá, Pernambuco e o Distrito Federal.
O conhecimento sobre o perfil dos casos de sífilis em gestante no Brasil, no ano de 2019,
indicou as características da população afetada, e evidenciou a necessidade de fortalecimento
de ações relacionadas à atenção à saúde e ao tratamento adequado das gestantes, e algumas
particularidades estaduais e regionais.