Dissertation
Um olhar sobre a violência perpetrada contra mulheres cisgênero e transgênero no Município de Mangaratiba, RJ, Brasil
Fecha
2022Registro en:
SILVA, Daniel Nery da. Um olhar sobre a violência perpetrada contra mulheres cisgênero e transgênero no Município de Mangaratiba, RJ, Brasil. 2022. 68 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022.
Autor
Silva, Daniel Nery da
Institución
Resumen
Esta pesquisa teve por escopo realizar um estudo sobre a violência perpetrada contra mulheres cisgênero e transgênero no Município de Mangaratiba, RJ, Brasil no período de janeiro a dezembro de 2021, para tanto se analisou informações explicitadas nas Ficha de Notificação/Investigação (FNI) de violência interpessoal e autoprovocada que alimentaram a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificações(SINAN). Foram analisadas 600 fichas; 477(quatrocentos e setenta e sete) relataram violências contra mulheres cisgênero e meninas (crianças e adolescentes do sexo feminino); 04 (quatro) dessa mulheres se identificaram como Mulher Transexual. Nenhuma pessoa se declarou Travesti ou Homem transexual; 77(setenta e sete) fichas se referiam a violência contra homens cisgênero e meninos (crianças e adolescentes) do sexo masculino e 46 eram fichas em duplicidade. A análise realizada permitiu identificar quais foram as agressões sofridas assim como o perfil das mulheres em situação de violência no Município de Mangaratiba, RJ, Brasil. Os dados apresentados tornam visível as violências sofrida por centenas de mulheres que conseguiram acessar a Rede de Prevenção e Enfrentamento as violências perpetradas contra as mulheres; revelando que o maior número de casos de violência contra a mulher é cometido por homens, sejam cônjuges ou ex-cônjuge das vítimas por ciúmes ou prepotência de dominação masculina sobre o universo feminino. O primeiro ambiente da violência é a residência da vítima, isto é o espaço de convívio permanente da mulher com o algoz; ali a mulher é agredida com frequência e em silêncio. As mulheres com idade entre 25 a 59 foram as maiores vítimas. As mulheres negras (pardas e pretas) foram as mais vitimadas em todos os tipos de violência. Apontamos para a importância das lutas para uma vida sem violência e com direitos, realmente, equânimes para todas as mulheres.