Dissertation
Feminismo negro: raça, identidade e saúde reprodutiva no Brasil (1975-1996)
Fecha
2009Registro en:
DAMASCO, Mariana Santos. Feminismo negro: raça, identidade e saúde reprodutiva no Brasil (1975-1996). 2009. 159 f. Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) - Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2009.
Autor
Damasco, Mariana Santos
Institución
Resumen
Este trabalho aborda as interfaces entre gênero, raça/etnia e saúde no Brasil, entre os anos de 1975 e 1996, tendo como foco de estudo a importância da saúde reprodutiva para o movimento de mulheres negras no país. O marco inicial da pesquisa é 1975 data do surgimento do movimento feminista organizado no Brasil - e se estende até o ano 1996, momento em que as ações das feministas negras em torno da saúde reprodutiva repercutem no âmbito da saúde pública. Analiso a história do feminismo negro no país, a partir das relações entre as ativistas negras e os movimentos feminista e negro. Esta história, em meados da década de 1980 sofre uma inflexão, pois as militantes reivindicam a criação de uma identidade própria, o feminismo negro, já que não havia até então um debate amplo sobre as interfaces entre raça e gênero no interior do movimento feminista e negro respectivamente. A questão da saúde Este trabalho aborda as interfaces entre gênero, raça/etnia e saúde no Brasil, entre os anos de 1975 e 1996, tendo como foco de estudo a importância da saúde reprodutiva para o movimento de mulheres negras no país. O marco inicial da pesquisa é 1975 – data do surgimento do movimento feminista organizado no Brasil - e se estende até o ano 1996, momento em que as ações das “feministas negras” em torno da saúde reprodutiva repercutem no âmbito da saúde pública. Analiso a história do feminismo negro no país, a partir das relações entre as ativistas negras e os movimentos feminista e negro. Esta história, em meados da década de 1980 sofre uma inflexão, pois as militantes reivindicam a criação de uma identidade própria, o feminismo negro, já que não havia até então um debate amplo sobre as interfaces entre raça e gênero no interior do movimento feminista e negro respectivamente. A questão da saúde reprodutiva - que tomou por base denúncias de esterilizações cirúrgicas contra mulheres negras na década de 1980- aparece como a mola propulsora do ativismo e da constituição de um feminismo negro no país, entre os anos de 1980 a 1990. Meu trabalho, por um lado, investiga o contexto em que emergem tais denúncias e, por outro, analisa os debates que embasaram a relação entre as ativistas negras e a saúde pública no Brasil nesse período.