Dissertation
Níveis de anticorpos contra o sarampo entre as mulheres em idade fértil na população da Guiné-Bissau expostas a sarampo natural e a imunização contra o sarampo
Fecha
2002Registro en:
MARTINS, Cesário Lourenço. Níveis de anticorpos contra o sarampo entre as mulheres em idade fértil na população da Guiné-Bissau expostas a sarampo natural e a imunização contra o sarampo. 2002. 67 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2002.
Autor
Martins, Cesário Lourenço
Institución
Resumen
Resumo: O objetivo do trabalho é determinar o estado imunitário e os
níveis de anticorpos contra sarampo em mulheres de 14 a 25 anos de idade
residentes em Bissau, entre os anos de 1997 e 1998, correlacionado com
antecedentes vacinais e a infecção natural do sarampo. Metodologia: Estudo
transversal de soroprevalência de sarampo realizado em uma coorte de mulheres
nascidas no bairro Bandim-I no período de 1976 a 1982. Foram coletadas
informações sobre exposição ao sarampo e amostras de sangue para determinação
do título de anticorpos contra a doença pelo teste de Inibição da Hemaglutinação
(HAI). Resultados: Das 2240 mulheres nascidas no período de interesse, foram
encontradas 783, das quais 420 tiveram o nível de anticorpo determinado. Das
mulheres testadas, 417 foram analisadas. Em 43 mulheres, 10,3% dos soros
testados, encontrou-se ausência de anticorpos. A soropositividade verificada foi
89,7%. A vacina contra o sarampo foi recebida por 66,9% das mulheres e referiram
ter tido sarampo na infância 31,2% delas. Afirmaram que tiveram pessoas com
sarampo em casa 32,1% das entrevistadas. Quanto à história reprodutiva, 33,3%
das mulheres já tiveram parto e 66,7% ainda não. A maioria das mulheres estudadas
estavam com 15 a 16 anos de idade. Foi duas vezes maior a chance de estar
protegida contra a doença naquelas mulheres que adoeceram de sarampo em
relação às que não adoeceram, controlando o efeito das outras variáveis (p=0,051).
Identificou-se um ligeiro aumento da prevalência de soroproteção contra o sarampo
em mulheres que receberam duas doses de vacina e uma diminuição na prevalência
da soroproteção nas mulheres que haviam tido filhos, embora sem comprovação
estatística.