Thesis
Esporotricose felinaresposta ao tratamento, alterações histológicas cutâneas e identificação de Sporothrix spp. no Estado do Rio de Janeiro - Brasil
Fecha
2015Registro en:
SOUZA, Elaine Waite de. Esporotricose felinaresposta ao tratamento, alterações histológicas cutâneas e identificação de Sporothrix spp. no Estado do Rio de Janeiro - Brasil. 2015. 107 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Rio de Janeiro, 2015.
Autor
Souza, Elaine Waite de
Institución
Resumen
A esporotricose é causada pelo fungo dimórfico Sporothrix spp. Nos felinos domésticos, a doença se caracteriza pela presença de lesões cutâneas ulceradas e nodulares, podendo apresentar caráter disseminado. Esse estudo teve como objetivos avaliar a evolução clínica e as alterações histopatológicas das lesões cutâneas de esporotricose ao longo do tratamento antifúngico em gatos naturalmente infectados, identificar as espécies de Sporothrix spp. e correlacionar esses fatores com o desfecho do tratamento. Foram estudados 34 gatos com lesões cutâneas, que foram tratados com itraconazol na dose de 100 ou 50 mg/gato/dia por um período máximo de 36 semanas, até o desfecho de cura clínica ou falência. Na primeira consulta, foi realizada uma biopsia de lesão cutânea, para realização do exame histopatológico e isolamento do fungo e a sua identificação por taxonomia polifásica, utilizando análise morfológica, análise fisiológica e identificação molecular. Revisões regulares dos gatos e uma biopsia cutânea adicional na mesma localização da primeira, após um intervalo de 5 a 11 semanas, foram realizadas Os gatos incluídos nesse estudo tinham uma idade média de 2,9 anos, sendo 70,5% machos. S. brasiliensis foi a única espécie identificada na população felina estudada. Vinte e seis (76.5%) gatos tiveram cura clínica e oito (23.5%) tiveram falência de tratamento. Foi encontrada associação de animais em bom estado geral apresentando lesões mais localizadas com o desfecho cura após 5 a 11 semanas de tratamento. Na primeira biopsia, foi observada dermatite piogranulomatosa, granulomas mal organizados com predomínio de macrófagos e neutrófilos e altas cargas fúngicas. Já na segunda biopsia, houve um aumento significativo na ocorrência de dermatofibrose e dermatite não-granulomatosa, assim como uma menor intensidade de células inflamatórias e redução significativa da carga fúngica. Não houve correlação entre os fatores avaliados. A evolução das alterações clínicas e histológicas observadas sugere que o itraconazol nas doses utilizadas é efetivo contra o fungo S. brasilensis em gatos