Thesis
Determinantes da alimentação complementar na América Latina e Caribe
Fecha
2020Registro en:
CAVALCANTI, Allyevison Ulisses Alves. Determinantes da alimentação complementar na América Latina e Caribe. 2020. 142 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.
Autor
Cavalcanti, Allyevison Ulisses Alves
Institución
Resumen
Esta tese tem como objetivo analisar a prevalência e os determinantes da alimentação
complementar em países da América Latina e Caribe. Trata-se de um estudo epidemiológico
observacional com duas abordagens: uma ecológica e outra analítica, utilizando dados de
inquéritos populacionais conduzidos na América Latina e Caribe, disponibilizados pela
Demographic and Health Surveys (DHS) e pela Multiple Indicator Cluster Surveys (MICS).
O desfecho foi composto por 4 indicadores relacionados à alimentação complementar
conforme proposição da Organização Mundial de Saúde (OMS). Considerando a
complexidade que envolve o tema da alimentação complementar e desigualdades, o primeiro
artigo observacional apresenta uma abordagem ecológica, analisando 4 indicadores de
alimentação complementar em 14 países da América Latina e Caribe, sendo obtidas as
prevalências de indicadores de alimentação complementar, divididos por quintis de nível
socioeconômico, além de informações socioeconômicas e demográficas. As diferenças entre a
prevalência dos indicadores entre os quintis mais ricos e mais pobres foram calculadas de
forma absoluta e de forma relativa. Uma vez analisado o panorama da alimentação
complementar a nível ecológico nos países, outros dois estudos seguiram com uma
abordagem analítica. O segundo e terceiro artigo tiveram como objetivo identificar os fatores
individuais e de contexto associados aos indicadores de alimentação complementar em 8
países da América Latina e Caribe. Nesses dois estudos foram utilizadas bases de dados
desagregadas, com informações a nível individual disponibilizadas pela DHS. O segundo
artigo teve como desfecho o indicador de diversidade alimentar mínima e o terceiro artigo a
introdução de alimentos sólidos, semissólidos e pastosos; ambos tratados de forma
dicotômica, tendo como categoria de referência o seguimento das recomendações da OMS. A
análise dos fatores de risco associados foi realizado através de regressão logística múltipla. Os
resultados sugerem que poucas crianças recebem alimentação complementar adequada,
evidenciando que as crianças mais pobres, filhos de mãe jovens e com baixa escolaridade
possuem prevalências de indicadores de alimentação complementar, merecendo melhor
atenção. Evidenciando, assim, a necessidade de políticas públicas que abordem a alimentação
complementar e a redução das desigualdades em saúde.