Dissertation
Interações medicamentosas potenciais dos anti-hipertensivos: uso perigoso entre idosos
Fecha
2012Registro en:
FREDERICO, Pablo Mibielli. Interações medicamentosas potenciais dos anti-hipertensivos: uso perigoso entre idosos. 2012. vii,88 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2012.
Autor
Frederico, Pablo Mibielli
Institución
Resumen
Introdução - Devido à idade avançada os idosos frequentemente apresentam múltiplas
patologias e necessitam fazer uso de mais de um medicamento, estando assim, sujeitos a
interações medicamentosas indesejadas que podem resultar em eventos adversos e
ineficiência do tratamento medicamentoso. Esse trabalho tem como objetivos caracterizar e
identificar fatores associados às potenciais interações medicamentosas relacionadas ao uso
de anti-hipertensivos em idosos.
Métodos – O estudo tem por base um inquérito, com amostra de idosos (com 60 anos ou
mais de idade) residentes no Rio de Janeiro, beneficiários da Previdência Social
(DATAPREV), realizado em 2003. Foram analisados os dados buscando identificar o uso
simultâneo de anti-hipertensivos com outras substâncias que tenham potencial para causar
efeitos indesejados. Foram selecionados os anti-hipertensivos da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais e as interações medicamentosas a partir do livro Drug Interaction
Facts.
Resultados e discussão – Cinquenta e três por cento da amostra de 577 indivíduos, eram
usuários de anti-hipertensivos. Desses, 31% usavam substâncias que, com elevado grau de
evidência científica, interagem com os anti-hipertensivos, podendo causar eventos
adversos. Os entrevistados que utilizam 5 ou mais medicamentos tiveram chance 6,52 vezes
maior de exposição a interação medicamentosa potencial, quando comparados aos usuários
de 4 ou menos medicamentos; os internados no último ano tiveram chance 2,66 vezes
maior, quando comparados aos que não sofreram internação hospitalar; e os indivíduos
referindo estado de saúde muito ruim ou ruim tiveram chance 2,33 vezes maior, quando
comparados aos que referem estados de saúde bom ou muito bom. O conhecimento das
interações medicamentosas é importante para a utilização racional dos medicamentos e para
melhora da qualidade da prescrição, principalmente em idosos, pois sua ocorrência pode
prejudicar o tratamento de doenças importantes como a hipertensão arterial.