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A concepção de família e religiosidade presente nos discursos produzidos por profissionais médicos acerca de crianças com doenças genéticas
Family and religious traditions present in medical discourses by medical professionals about children with genetic diseases
Fecha
2012Registro en:
MARTINS, Antilia Januária et al. A concepção de família e religiosidade presente nos discursos produzidos por profissionais médicos acerca de crianças com doenças genéticas. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 2, p. 545-553, fev. 2012
10.1590/S1413-81232012000200027
Autor
Martins, Antilia Januária
Cardoso, Maria Helena Cabral de Almeida
Llerena Junior, Juan Clinton
Moreira, Martha Cristina Nunes
Institución
Resumen
O estudo explora a influência de tradições
culturais arraigadas na construção do discurso
que médicos do Instituto Fernandes Figueira/
Fundação Oswaldo Cruz produzem acerca das
crianças com doenças genéticas associadas a malformações
congênitas e ao retardo mental, assim
como, as reflexões provocadas pelo convívio profissional
com tais crianças. Os dados foram coletados
através de entrevistas orais do tipo narrativa
conversada e do material analisado semioticamente.
Os resultados apontaram para quatro tradições
culturais muito presentes no discurso médico:
a norma, a razão, a família e a religiosidade
judaico-cristã. Este artigo, contudo, centra-se nas
duas últimas, enfatizando como a concepção da
família, principalmente a mitificação da mãe, pode
‘tornar invisível’ a criança com uma doença genética,
como também contribui para que a condição
de mulher da mãe fique subestimada diante
de sua maternidade. Tais noções imbricam-se com
aquelas trazidas pelas tradições religiosas e influenciam
as percepções médicas a respeito do paciente
e de sua família.