Dissertation
Diversidade em genes relacionados à resistência a inseticidas e ritmos biológicos em Anopheles darlingi ROOT 1926
Fecha
2018Registro en:
LOUREIRO, Aline Cordeiro. Diversidade em genes relacionados à resistência a inseticidas e ritmos biológicos em Anopheles darlingi ROOT 1926. 2018. 112 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Parasitária)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
Autor
Loureiro, Aline Cordeiro
Institución
Resumen
Anopheles darlingi, o principal vetor de plasmódios que podem causar malária humana, está distribuído na região neotropical desde o sul do México até o sul do Brasil. Uma série de estudos vem apontando evidências sobre a existência de espécies crípticas em An. darlingi, como por exemplo populações exibindo diferenças no comportamento hematofágico, em arranjos cromossomais e na morfologia dos ovos e asas. Além disso, variações em microssatélites e outras diferenças moleculares têm sido notadas. A alimentação, assim como a locomoção e acasalamento, apresentam ritmos biológicos controlados por genes do relógio circadiano, como o timeless (tim) e period (per), que podem estar envolvidos na regulação de características comportamentais espécie-específicas, e portanto configuram alvos interessantes para o estudo da dinâmica de especiação. Além disso, busca-se polimorfismos em genes do canal de sódio (NaV) e da acetilcolinesterase (ace-1), relacionados à resistência a inseticidas das classes piretróides e organofosforados, respectivamente Sendo assim, testamos a hipótese de divergência entre diferentes amostras de An. darlingi de localidades brasileiras (Barcelos e Manaus, AM, além de Porto Velho, RO) e uma colombiana (Chocó). Os resultados foram obtidos via amplificação de fragmentos daqueles quatro genes, clonagem e sequenciamento, em pools de cada população. Ao final das análises, os marcadores per, tim e ace-1 apresentaram estruturação genética entre as populações analisadas, sugerindo um perfil genético distinto entre as populações de An. darlingi da Colômbia e do Brasil. Curiosamente, o marcador NaV não mostrou estruturação para nenhuma das populações em questão. Por fim, não foram encontradas mutações classicamente relacionadas à resistência a inseticidas nos genes NaV e ace-1.