Thesis
Estudo de utilização da albumina humana em hospitais do Rio de Janeiro, Brasil
Fecha
2006Registro en:
MATOS, Guacira Corrêa de. Estudo de utilização da albumina humana em hospitais do Rio de Janeiro, Brasil. 2006. 160 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2006.
Autor
Matos, Guacira Corrêa de
Institución
Resumen
As controvérsias em torno da indicação terapêutica da albumina humana (AH) e o impacto nos custos hospitalares pelo uso irracional do produto, motivaram nas três últimas décadas, a realização de estudos a respeito do problema em diversos países. No Brasil, as iniciativas de racionalização de uso da AH são escassas e pouco difundidas. Esta tese é apresentada em três artigos que abordam os aspectos clínicos e epidemiológicos do uso da AH em hospitais do Rio de Janeiro, utilizando dados primários e secundários. No primeiro artigo, foram utilizados dados primários extraídos
dos prontuários médicos de 99 pacientes maiores de 15 anos, internados em um hospital do Rio de Janeiro que receberam AH, entre março a agosto de 2001. O enfoque principal foi a adequação das prescrições às diretrizes de protocolos clínicos. Houve 33% de indicações apropriadas, 62% de inapropriadas e 5% de controversas, além de dois casos suspeitos de reações adversas. A segunda etapa do estudo, que deu origem ao
segundo e terceiro artigos, foi desenvolvida com dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde – SIH/SUS. No segundo artigo, foram analisadas 10 111 internações de maiores de 1 ano, nas quais houve uso de AH nos hospitais da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, nos anos de 1999,
2000 e 2001. Além da descrição das características do uso da AH, foram feitas análises ajustadas das variáveis associadas ao óbito e à gravidade dos casos. Os óbitos se mostraram associados positivamente à quantidade de AH empregada, à gravidade dos casos e à especialidade médica clínica. No terceiro artigo, foram analisadas as internações nas quais a AH foi indicada para reposição nutricional, nos mesmos período
e população do segundo artigo. A abordagem principal foi a exploração dos dados secundários do SIH/SUS em estudos de utilização de medicamentos. Os desfechos foram a inadequação da indicação da AH e a ocorrência de óbito entre os pacientes que receberam o medicamento como reposição nutricional. As análises mostraram maior chance de prescrição inadequada entre as internações mais longas e de ocorrência de óbito entre os mais idosos.