Brasil
| Thesis
Desafios metodológicos da análise espacial aplicada à investigação de surtos epidêmicos
Fecha
2018Registro en:
GOMES, Ana Luisa Bessa Bacellar. Desafios metodológicos da análise espacial aplicada à investigação de surtos epidêmicos. 2018. 104 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
Autor
Gomes, Ana Luisa Bessa Bacellar
Institución
Resumen
A investigação epidemiológica de surtos de doenças é uma importante função da vigilância em saúde. Para investigar os surtos de doenças os pesquisadores empregam ferramentas científicas diversas não exclusivas da epidemiologia. Há indicação na literatura científica e em guias de saúde pública que se utilize para investigação de surtos métodos de análise espacial. Entretanto esses limitam-se a informar quais técnicas de análise espacial podem ser utilizadas. Também se verifica na literatura que o uso destas técnicas em sua maioria se limita ao uso de técnicas de mapeamento. Surtos de doenças podem ter características de aglomerados espaciais e espaço-temporais, outras técnicas de análise espacial podem ser úteis para o processo de investigação de surtos. Este estudo visa colaborar para a difusão e aprimoramento do uso das técnicas de análise espacial na rotina de investigação epidemiológica de surtos e epidemias. O objetivo do presente trabalho foi analisar quais técnicas são mais adequadas para uma investigação de surtos e epidemias, qual papel elas podem exercer na investigação e qual sua adequação empírica e limitações de uso. Foi feito um estudo metodológico-empírico de técnicas de análise espacial aplicadas a investigação de surtos e epidemias. A responsividade das técnicas foi analisada através de critérios metodológicos e experimentação empírica. Foram utilizados 10 cenários hipotéticos de surtos e epidemias. Os resultados indicam que as técnicas de análise espacial são capazes de responder às perguntas de investigações de surtos e epidemias, e destas as mais indicadas são as técnicas espaciais locais e espaço-temporais globais. As técnicas estudadas também foram capazes de indicar que havia ocorrência de aglomeração espacial em todos cenários de surtos e epidemia estudados.