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Saber popular e conhecimento científico na comercialização de plantas medicinais para saúde bucal
Fecha
2021Registro en:
EMMI, Danielle Tupinambá; MELO, Fernanda Oliveira Brelaz; ARAÚJO, Marizeli Viana de Aragão. Saber popular e conhecimento científico na comercialização de plantas medicinais para saúde bucal. Revista Fitos, v. 15, n. 4, p. 482-493, dez. 2021.
1808-9569
10.32712/2446-4775.2021.1119
2446-4775
Autor
Emmi, Danielle Tupinambá
Melo, Fernanda Oliveira Brelaz
Araújo, Marizeli Viana de Aragão
Institución
Resumen
O objetivo deste estudo foi investigar o perfil socioeconômico de erveiros, o conhecimento acerca dos produtos que comercializam e as principais ervas indicadas para afecções bucais. Foi realizado estudo de campo com visita à 22 feiras da cidade de Belém, Pará, Brasil. A amostra foi coletada por conveniência com 40 erveiros que trabalhavam no ramo, em período mínimo de 01 ano, e que responderam a um questionário semiestruturado. Os dados foram trabalhados de forma descritiva e utilizando os testes G e teste de Fisher para análise entre variáveis (α=0,05). A maioria dos erveiros é de mulheres (62,5%), que adquiriu conhecimento sobre ervas com os familiares (75%, p=0,17), nunca participou de cursos sobre o tema (70,0%, p=0,09), afirmou que existem ervas tóxicas (72,5%, p=0,72), mas que estas não apresentam contraindicações (90,0%, p=0,61). Entre as ervas mais recomendadas, foram citadas a semente do jucá (Libidibia férrea (Mart. ex Tul.) LPQueiroz (Fabaceae)) (70%) e a casca do cajuí (Anacardium occidentale) (25%). A venda das ervas medicinais para afecções bucais é uma prática comum, sendo que a comercialização ocorre, sobretudo, de forma empírica. Assim, há necessidade da capacitação dos erveiros, para associação do conhecimento tradicional ao científico, para que a população tenha acesso a produtos mais eficazes.