Dissertation
Estudo comparativo da virulência entre isolados de sporothrix schenckii provenientes de gatos com esporotricose naturalmente adquirida
Fecha
2007Registro en:
LEME, Luiz Rodrigo Paes. Estudo comparativo da virulência entre isolados de sporothrix schenckii provenientes de gatos com esporotricose naturalmente adquirida. 2007. x, 58 f.il., graf. tab.30 cm. Dissertação (Mestrado em pesquisa clínica em doenças infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.
Autor
Leme, Luiz Rodrigo Paes
Institución
Resumen
A esporotricose é causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii. A infecção ocorre pela inoculação traumática de materiais contaminados com o fungo, acometendo principalmente pessoas em contato com o solo e vegetais. Em 1952, Singer & Muncie sugeriram pela primeira vez a possível transmissão da esporotricose felina ao homem. A partir de 1998 uma epidemia de esporotricose vem sendo acompanhada no Rio de Janeiro, em que o gato possui papel fundamental na sua transmissão. O presente estudo objetivou comparar a virulência, através de infecção experimental em camundongos BALB/c, de três isolados de S. schenckii do Estado do Rio de Janeiro com quatro do Rio Grande do Sul, todos provenientes de gatos com esporotricose e múltiplas lesões cutâneas. Durante 104 dias de inoculação, foram avaliados: sinais clínicos, sobrevivência, peso, contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) do baço, índice esplênico, e histopatologia de fígado e pulmões dos camundongos infectados com os sete isolados. Um outro grupo inoculado com solução salina tamponada com fosfato utilizado como controle. De acordo com estes parâmetros, os isolados I - RS e III - RS foram os menos virulentos, com maior sobrevivência, menor contagem de UFC e índice esplênico. Resultados similares e alternados, nos parâmetros avaliados, foram verificados nos isolados II - RS, IV - RS, VI - RJ e VIII - RJ, colocando-os em posição de virulência intermediária. Avaliando os camundongos inoculados com o isolado VII - RJ, foram observadas a maior média total de UFC, a menor sobrevivência e a segunda maior perda de peso, parâmetros esses que o identificam como o isolado de maior virulência. Dividindo os isolados em dois grupos, do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, o número total de células recuperadas foi significativamente mais baixo (P<0,05) para o grupo do Rio Grande do Sul Concluímos que isolados de S. schenckii provenientes de gatos com a mesma apresentação clínica e de diferentes regiões geográficas apresentaram diferentes perfis de virulência