Dissertation
Histórias de vida e trabalho de usuários de instituto de pesquisa: o caso de pessoas afetadas pela doença de chagas
Fecha
2015Registro en:
MARQUES, Amanda Almentero. Histórias de vida e trabalho de usuários de instituto de pesquisa: o caso de pessoas afetadas pela doença de chagas. 2015. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015.
Autor
Marques, Amanda Almentero
Institución
Resumen
Este estudo buscou conhecer histórias de vida e trabalho de usuários de instituto de
pesquisa, afetados pela Doença de Chagas, enfatizando o trabalho e sua relação com
o adoecimento, sob a ótica destes sujeitos. Buscou-se analisar a trajetória percorrida
por eles em busca de cuidado, como também compreender o impacto do adoecimento
em suas vidas. Os resultados desta pesquisa revelaram importantes características da
forma de andar a vida destes sujeitos afetados por processo de adoecimento crônico
por vezes incapacitante. A abordagem qualitativa foi o método utilizado e os
instrumentos de investigação foram análise de prontuários de saúde e entrevistas semiestruturadas com questões orientadoras que permitiram uma narrativa livre dos
sujeitos de pesquisa, com o intuito de fornecer uma visão ampla do cenário de vida e
trabalho. A análise temática-categorial possibilitou o aprofundamento da compreensão
das duas categorias analíticas definidas a priori: histórias de vida e trabalho e modos
de andar a vida e experiência do adoecimento e busca por cuidado: os usos de si.
Através da perspectiva teórico-metodológica da Ergologia e do diálogo com estudos da
socioantropologia sobre trabalho e experiência do adoecimento, analisaram-se as
relações existentes entre trabalho e adoecimento, e suas repercussões na vida das
pessoas. Os resultados obtidos permitiram revelar que estes sujeitos mesmo diante
das infidelidades do meio, realizam estratégias de enfrentamento que os impulsionam
a uma forma positiva de andar a vida a partir dos usos de si, agregando novos sentidos
à lacuna deixada pelo trabalho formal. Concluiu-se que os sujeitos são capazes de
gerir seus próprios caminhos, e que não são passivos diante da prática médica.