Papers presented at events
O conviver com pacientes portadores de hanseníase multibacilar e suas reações hansênicas
Fecha
2018Registro en:
PRUDÊNCIO, Fabrícia Araújo; PASSOS, Sonia Regina Lambert. O conviver com pacientes portadores de hanseníase multibacilar e suas reações hansênicas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Prudêncio, Fabrícia Araújo
Passos, Sonia Regina Lambert
Institución
Resumen
Novembro de 2006 aos dias atuais. Reações hansênicas em pacientes multibacilares. Relatar a experiência profissional no acompanhamento de pacientes portadores de hanseníase multibacilar que apresentam reações hansênicas antes, durante ou após o tratamento. Trata-se de um relato de experiência sob o contexto da experiência profissional como Enfermeira da Estratégia Saúde da Família. A detecção ocorria por busca ativa, demanda espontânea e encaminhamentos de dermatologistas, após diagnostico realizava-se notificação, investigação, anotação no livro de registro, administração da dose supervisionada e entrega da medicação para um mês, convocava-se os comunicantes, agendava-se mensalmente o retorno do paciente e a cada 15 dias os que possuíam reações hansênicas. Observou-se diversos casos de hanseníase multibacilar e reações hansênicas do tipo 1. Isso impactava no estado emocional dos pacientes que além de receberem a polioquimioterapia, apresentavam efeitos colaterais, ainda tinham que conviver com as medicações para reações, como os corticoides. Associado a esse sofrimento físico e psíquico, estavam atrelados, o medo da doença, a inquietação de saber quem o contaminou, a dúvida da cura, o preconceito, a vergonha e a tendência ao isolamento social. Durante esses anos como Enfermeira da Atenção Básica, observou-se que existem dificuldades, no diagnóstico de novos casos, devido a falta de educação continuada dos profissionais de saúde, a falta de material para os testes adequados e a limitação do serviço da referência. Resultando em pacientes com diagnostico tardio, formas graves de hanseníase, aumento dos graus de incapacidades e as reações hansênicas. Contribuindo de forma negativa na prevalência da hanseníase e nos mantendo ainda como área endêmica. Conclui-se, portanto, que ainda temos que investir na qualificação dos profissionais da Atenção básica, fortalecer a rede de saúde, melhorar a busca ativa de novos casos, investir na educação em saúde, melhorar a qualidade de nossas informações e incentivar as produções cientificas na área para entendermos a dimensão da hanseníase no Piauí e amenizar os transtornos impactados principalmente nos acometidos pela forma multibacilar e que apresentam reações hansênicas.