Article
Atividade biológica e teor de quassinoides dos frutos da planta medicinal amazônica Picrolemma sprucei (Simaroubaceae)
Fecha
2014Registro en:
AMORIM, Rodrigo César N. et al. Atividade biológica e teor de quassinoides dos frutos da planta medicinal amazônica Picrolemma sprucei (Simaroubaceae). Revista Fitos, [S.l.], v. 8, n. 1, set. 2014.
2604-4775
Autor
Amorim, Rodrigo César das Neves
Melo, Márcia Rúbia S.
Silva, Luiz Francisco Rocha e
Andrade-Neto, Valter F.
Tadei, Wanderli Pedro
Pohlit, Adrian Martin
Institución
Resumen
Picrolemma sprucei Hook. f. (Simaroubaceae) é uma planta medicinal utilizada por toda a região Amazônica no tratamento da malária. Nenhum trabalho anterior foi publicado sobre a atividade biológica ou composição química dos frutos desta espécie. No presente estudo, a atividade antimalárica dos frutos de P. sprucei foi avaliada. Além disso, um método analítico simples e rápido baseado em cromatografia em camada delgada-fotodensitometria (CCD-FD) é utilizado para a determinação semi-quantitativa do teor de quassinóides isobruceina B (1) e neosergeolida (2) nos frutos de P. sprucei. Extratos etanólicos do fruto inteiro, pericarpo e sementes (caroços) de P. sprucei exibiram elevada atividade in vitro (CI50 = 0,6, 1,5 e 0,2 mg/mL, respectivamente) frente à cepa K1 do parasita da malária humana Plasmodium falciparum. Frações obtidas em hex, CHCl3, AcOEt, BuOH e MeOH-H2O, por partição liquid-líquido dos extratos etanólicos das sementes e pericarpos, também proveram elevada atividade antimalárica (CI50 = 0,01-3,7 mg/mL para frações obtidas das sementes e CI50 = 0,01-9,1 mg/mL para frações obtidas dos pericarpos). As frações clorofórmicas apresentaram as maiores atividades antimaláricas (CI50 = 10 ng/mL), provavelmente devido ao teor elevado de quassinóides. A fração clorofórmica do extrato da semente exibiu 39,8 % (m/m) de 1 e 3,5% (m/m) de 2 enquanto a fração clorofórmica do extrato do pericarpo continha 5,0 % (m/m) de cada quassinóide. A atividade antiplasmodial das frações foi presumivelmente devida à presença de quassinóides e não-quassinóides ativos. A polpa da fruta e o caroço tem potencial como agentes fitoterápicos.