De julho/81 a julho/85 foram visitadas 50 fazendas leiteiras de municípios da Zona da Mata de Minas Gerais. Os rebanhos eram mestiços Holandês x Zebu. Observaram-se condições de manejo, alimentação, práticas sanitárias, registros zootécnicos, histórico produtivo e reprodutivo e interrogou-se o produtor sobre as dificuldades, vantagens e desvantagens da atividade. As fêmeas em reprodução foram examinadas por palpação retal, com exceção das novilhas. De 3.408 vacas, 47,9% encontravam-se gestantes. Destas, 16,2% conceberam até 90 dias pós-parto, enquanto 83,8% apresentaram período de serviço de 240 dias. De 594 vacas não-gestantes até 90 dias pós-parto, 73,1% apresentaram ovários inativos. Das 1.130 vacas não-gestantes após 90 dias do parto, 54,4% apresentaram ovários inativos. A elevada taxa de anestro encontrada está relacionada com a inferior condição corporal dos animais. Diagnosticaram-se casos de infecção uterina, cisto folicular, fetos mumificados e macerados e animais com repetição de serviços. Das 2.249 vacas lactantes, em 31,1% a lactação ultrapassava 10 meses, e destas, 260 ainda não se encontravam gestantes. Os resultados mostram a baixa eficiência produtiva e reprodutiva dos rebanhos estudados, comprometendo seriamente o desempenho econômico da atividade leiteira.