Trabalho de conclusão de curso de graduação
De concorrentes para parceiros: como bancos estão se transformando ao investirem em fintechs
Fecha
2020-10-06Autor
Brito, Rafael Cordeiro [UNIFESP]
Institución
Resumen
Nos últimos anos foi possível identificar o surgimento e o grande crescimento das fintechs, startups que utilizam de recursos tecnológicos para entregar serviços financeiros diferenciados e digitais para os usuários. As fintechs naturalmente tem impactado o mercado financeiro e mudado a dinâmica deste mercado, se tornando, a princípio, uma forte alternativa aos tradicionais bancos múltiplos. A partir disto, surgiu ideia principal desta pesquisa de identificar se, e como, esse crescimento das fintechs tem impactado os bancos múltiplos, e como os bancos estão fazendo para se adequar a este novo cenário e também a uma nova possível concorrência. Para isto, realizou-se uma pesquisa qualitativa exploratória apoiada em um extenso levantamento bibliográfico do tema, além de notícias e artigos para identificar o posicionamento e movimentação dos bancos múltiplos brasileiros frente a chegada das fintechs no mercado. A partir da pesquisa bibliográfica, identificou-se que as tradicionais instituições financeiras, dentre elas os bancos múltiplos, optaram por investir cada vez mais em tecnologia, visando se adequar às mudanças do mercado e as exigências dos clientes, e não se colocando contra as fintechs. Com isso, os bancos conseguiram associar a credibilidade e confiança que inspiram para seus clientes, por serem instituições centenárias, ao mesmo tempo que se tornaram, nos últimos anos, um dos líderes na criação e incentivo dos programas de aceleração de startups de fintechs. O resultado deste investimento está na mudança para um novo modelo de plataforma, extremamente apoiado em novas tecnologias e em serviços digitais, que busca conectar o conhecimento técnico de cada negócio com uma política voltada a atender as necessidades do cliente, entregando todos os serviços e produtos em um único lugar, seja ele interno ou de um terceiro, de forma cem por cento digital, se tornando os chamados bancos inteligentes. Com isso, foi possível derrubar a expectativa inicial que se tinha de que as fintechs pudessem um dia substituir as grandes instituições financeiras.