Trabalho de conclusão de curso de graduação
O que sabemos sobre o uso excessivo de mamografia de rastreamento para desimplementar práticas de baixo valor? Revisão de escopo
Fecha
2022Autor
Silva, Larissa da [UNIFESP]
Institución
Resumen
Objetivo: Mapear estudos relacionados ao rastreamento mamográfico excessivo. Método: Em maio de 2022 foi realizada uma revisão de escopo nas bases e bibliotecas eletrônicas da Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Web of Science, Scopus, Excerpta Médica Database, Scientific Electronic Library Online e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Foram elegíveis artigos revisado por pares, em qualquer idioma e ano de publicação e inelegíveis aqueles que abordaram população com risco de desenvolver câncer de mama. Resultados: A amostra foi composta por 18 artigos, publicados a partir de 1991 a maioria oriunda dos Estados Unidos. O uso excessivo de mamografia é compreendido como aquele realizado: fora da faixa etária e intervalo recomendados, entre mulheres com expectativa de vida limitada e, realizado em programas, oportunísticos e organizados, coexistentes. A taxa de observação do evento variou de 1,4% a 88%, sendo maior entre idosas e quanto maior a sua idade e menor a sua expectativa de vida, menor são os percentuais observados. O comportamento do uso em excesso da mamografia de rastreamento pelas mulheres advém de preocupações com o câncer, recomendações médicas, acesso a exames, maior nível de escolaridade e de renda, mulheres de cor raça/negra, falta ou controvérsias nas informações. São protetores, consultas com médicos generalistas, em especial o de atenção primária, e orientação englobando malefícios da mamografia e expectativa de vida. Conclusão: Cada vez mais se tem produzido estudos para compreensão e avaliação do uso em excesso da mamografia. Para realizar a desimplementação desta prática é fundamental direcionar estratégias para informar a população sobre riscos e benefícios da mamografia, alinhar diretrizes com profissionais e gestores do sistema de saúde e, engajar todos para mudança de comportamento.