Trabalho de conclusão de curso de graduação
Efeitos da suplementação com melatonina sobre a hipertrofia e a hiperplasia de adipócitos isolados do tecido adiposo subcutâneo de camundongos obesos
Fecha
2018-06Registro en:
SILVA, Natália Barbosa da. Efeitos da suplementação com melatonina sobre a hipertrofia e a hiperplasia de adipócitos isolados do tecido adiposo subcutâneo de camundongos obesos. 2018. 33 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, Universidade Federal de São Paulo, Diadema, 2018.
/ Natália Barbosa da Silva - - Diadema, 2018.
Autor
Silva, Natalia Barbosa da [UNIFESP]
Institución
Resumen
Atualmente, a obesidade tornou-se um problema de saúde pública de proporções epidêmicas, além disso a obesidade é considerada fator de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, doença coronariana, acidente vascular cerebral, além de alguns tipos de cânceres como os de mama e ovário. Apesar das tentativas de se combater o aumento na incidência da obesidade através de um melhor controle dietético, promoção de atividade física e até mesmo intervenções farmacológica, os resultados continuam aquém do esperado e a incidência da obesidade continua a crescer no mundo todo. Sendo assim, tratamentos efetivos são necessários para reduzir esta progressão. Nesse sentindo, estudos prévios tem demonstrado que a suplementação com melatonina promove a diminuição da massa corporal, atuando na regulação do balanço energético. Dessa forma, pressupondo-se que a hipertrofia e a hiperplasia dos adipócitos são processos característicos do desenvolvimento da obesidade, o presente trabalho teve como objetivo investigar como a suplementação com melatonina atua nesses processos quando camundongos são submetidos à obesidade por dieta hiperlipídica. Para tanto, camundongos C57Bl/6j receberam dieta normolipídica (DNL) ou DHL durante 10 semanas, sendo que os animais que receberam DHL, foram suplementados (ou não) com melatonina (1 mg/kg p.c.) na água de beber durante todo o periodo. Os tecidos adiposos branco (TAB) subcutâneo (região inguinal) foram retirados e pesados e os adipócitos foram isolados e analisados morfometrica e microscopicamente, onde foi possivel calcular o volume dos adipócitos e a celularidade deste tecido. Os resultados mostraram que a suplementação com melatonina impediu o ganho de peso nos animais que consumiram DHL. Testes de de tolerância à glicose e à insulina foram realizados e a obesidade induzida pela DHL acarretou intolerância à glicose e à insulina. A melatonina não modificou estes resultados. Houve um aumento da adiposidade e da hipertrofia dos adipocitos decorrente da DHL, que foi prevenida pela suplementação com melatonina. A celularidade não foi alterada. Concluímos até o momento que a melatonina apresenta algum potencial como terapia para prevenir a obesidade, especialmente em indivíduos com dificuldade em aderir a um programa de reeducação alimentar. Currently, obesity has become a public health problem of epidemic
proportions, and obesity is considered a risk factor for the development of type 2
diabetes mellitus, hypertension, coronary heart disease, stroke, and some cancers
such as the breast and ovary. Despite attempts to combat the increase in the
incidence of obesity through better dietary control, promotion of physical activity and
even pharmacological interventions, the results remain lower than expected and the
incidence of obesity continues to grow worldwide. Therefore, effective treatments are
needed to reduce this progression. In this sense, previous studies have
demonstrated that the supplementation with melatonin promotes the decrease of the
body mass, acting in the regulation of the energy balance. Thus, assuming that
adipocyte hypertrophy and hyperplasia are characteristic processes of obesity
development, the present work aimed to investigate how the supplementation with
melatonin acts in these processes when mice are submitted to obesity by a
hyperlipidic diet. C57B1 / 6j mice received a normolipid diet (DNL) or DHL for 10
weeks, and the animals receiving DHL were supplemented (or not) with melatonin (1
mg / kg bw) in the drinking water during the whole period. The white adipose tissues
(subcutaneous tissue) were removed and weighed and the adipocytes were isolated
and analyzed morphometrically and microscopically, where it was possible to
calculate the volume of adipocytes and the cellularity of this tissue. The results
showed that supplementation with melatonin prevented weight gain in animals that
consumed DHL. Glucose and insulin tolerance tests were performed and DHLinduced
obesity led to glucose and insulin intolerance. Melatonin did not modify these
results. There was an increase in adipocyte adiposity and hypertrophy due to DHL,
which was prevented by supplementation with melatonin. The cellularity did not
change. We conclude that melatonin has some potential as a therapy to prevent
obesity, especially in individuals who have difficulty adhering to a food reeducation
program.