Dissertação de mestrado
Tradução e validação da versão brasileira do questionário: “Attitudes Towards Mental Health Problems” (ATMHP)
Fecha
2021Autor
Miskalo, Daniela Cristina Leite Kisil [UNIFESP]
Institución
Resumen
Objective: Translate the questionnaire “Attitudes towards Mental Health Problems” (ATMHP) into Brazilian Portuguese, validate its content, adapt and present evidence of validity of the ATMHP questionnaire in a population of students at the Federal University of São Paulo. Methods: ATMHP is a 4-point, self-report Likert scale with 35 questions to explore different aspects of attitudes towards mental health problems, divided in 5 domains: 1- family and community attitudes; 2 - external shame/stigma awareness; 3- internal shame; 4 and 5- reflected shame. The ATMHP scale was translated and back-translated following international standardization, and the version approved by the original author of the scale was submitted to a pre-test. The final version was applied to a population of 408 undergraduate and graduate students at the Federal University of São Paulo in the validation stage to verify internal consistency, dimensionality and convergent validity to the SCS scale of self-compassion. The estimated values for the model indicators were χ2/d.f. = 6.890, VA < 2; CFI = 0.741, VA >0.90; TLI = 0.719, VA >0.90; RMSEA = 0.120, VA < 0.06. Results: High internal consistency was obtained for the Brazilian version of the ATMHP scale (Global Cronbach's Alpha = 0.950, ranging from 0.855 to 0.948 for the domains). By factorial analysis, six factors explained 73.2% of the total variability of the 35 items, with good correlations with the original domains, except for Item 28 (I would be concerned about the effect on my family, with correlation = 0.483 and commonality of 44.7 %). Convergent validity showed a weak negative association between ATMHP and SCS scores. Conclusions: The ATMHP scale was translated and validated for Brazilian Portuguese and the Brazilian version with 6 domains proved to be robust and reliable for future applications in other populations. Based on the data, there seems to be a path to be explored, combining ATMHP and practices based on self-compassion and self-perception, but more studies are required. Objetivo: Traduzir para o Português do Brasil o questionário “Attitudes towards Mental Health Problems” (ATMHP), adaptar e apresentar evidências de validade do questionário ATMHP em uma população de estudantes da Universidade Federal de São Paulo. Método: ATMHP é uma escala Likert de 4 pontos, de autorrelato, com 35 questões para explorar diferentes aspectos das atitudes em relação aos problemas de saúde mental, divididas em 5 domínios: 1- atitudes familiares e da comunidade; 2 - vergonha externa/consciência de estigma; 3- vergonha interna; 4 e 5- vergonha refletida. Foi realizada a tradução e a retrotradução da escala ATMHP seguindo padronização internacional e a versão aprovada pelo autor original da escala foi submetida ao pré-teste. A versão final foi aplicada em uma população de 408 estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo na etapa de validação para a verificação da consistência interna, dimensionalidade e validade convergente com a escala Self Compassion Scale (SCS), de autocompaixão. Os valores estimados para os indicadores do modelo foram χ2 /d.f. = 6,890, VA < 2; CFI = 0,741, VA >0,90; TLI = 0,719, VA >0,90; RMSEA = 0,120, VA <0,06. Resultados: Obteve-se elevada consistência interna para a versão brasileira da escala ATMHP (Alpha de Cronbach global = 0,950, variando de 0,855 a 0,948 para os domínios). Pela análise fatorial seis fatores explicaram 73,2% da variabilidade total dos 35 itens, com boas correlações com os domínios, exceto o Item 28 (eu me preocuparia com o efeito sobre a minha família, com correlação = 0,483 e comunalidade de 44,7%). A validade convergente mostrou fraca associação negativa entre escores de ATMHP e SCS. Conclusões: A escala ATMHP foi traduzida e validada para o português do Brasil e a versão Brasileira com 6 domínios se demonstrou robusta e confiável para futuras aplicações em outras populações. Com base nos dados parece haver um caminho a ser explorado aliando a ATMHP e práticas baseadas em autocompaixão e autopercepção, porém mais estudos são necessários.