Dissertação de mestrado
Avaliação do risco de quedas em pessoas idosas: associação entre barreiras para adesão ao uso de medicamentos e apoio social
Fecha
2021-02-21Registro en:
SOARES, Cristiane Regina. Avaliação do risco de quedas em pessoas idosas: associação entre barreiras para adesão ao uso de medicamentos e apoio social. São Paulo, 2021. 120 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2021.
Autor
Soares, Cristiane Regina [UNIFESP]
Institución
Resumen
Introdução: As pessoas estão envelhecendo, e a maioria delas tende a
desenvolver doenças crônicas não transmissíveis. Os tratamentos para essas
doenças normalmente exigem a utilização de medicamentos por longo prazo, e,
na população idosa, a não adesão contribui para eventos adversos, como a
ocorrência de quedas, causando aumento do tempo de permanência e das
readmissões nos hospitais, além de pior qualidade de vida. Objetivos: Avaliar o
risco de quedas em pessoas idosas a partir da associação entre barreiras para
adesão ao uso de medicamentos e o apoio social. Método: Estudo transversal,
realizado em um ambulatório em São Paulo capital, com 117 idosos no ano de
2019. Foram utilizados os instrumentos Medical Outcomes Study, Escala de
Risco de Quedas de Downton, teste de Morisky-Green e Brief Medical
Questionnaire. As variáveis contínuas ao serem comparadas com Escala de
Risco de Quedas de Downton e o Brief Medical Questionnaire foi utilizado o teste
de Mann-Whitney. Para comparar o apoio social percebido com as barreiras à
adesão terapêutica medicamentosa e o risco de quedas, foi utilizado o teste de
Mann-Whitney. Resultados: Os idosos com barreiras a terapêutica
medicamentosa na categoria recordação apresentaram maior percentual de alto
risco de queda, e aqueles com baixa e média adesão apresentaram maior
percentual de risco de queda do que pacientes com alta adesão. Os idosos com
alto risco para quedas tiveram menor percepção de apoio social quando
comparados aos sem risco de queda. Aqueles sem barreiras no domínio
comportamento para a adesão ao tratamento apresentaram maiores escores na
dimensão emocional/informação que os com barreias para o comportamento.
Conclusões: Este estudo pode contribuir para o melhor planejamento do
cuidado do enfermeiro, ao mostrar que a avaliação das barreiras, da adesão à
terapêutica medicamentosa, do risco de quedas e do apoio social dos idosos
permite que os enfermeiros empoderem e capacitem a rede de apoio, para que
ela seja um recurso para a promoção de cuidado e do bem-estar do idoso.