Estudo de monitoração das doses do médico nos exames de eletrofisiologia e ablação cardíaca

Abstract

Introduction: Intracardiac electrophysiological invasive procedures guided by fluoroscopy aim to study the cardiac depolarization process. Depending on the complexity of the clinical case, both patients and professionals are subjected to radiation for a prolonged period. The interest in monitoring occupational and environmental doses is a consensus in the scientific community focusing in optimizing radiation protection. Objective: To estimate occupational doses in different regions of the physician's body (main operator) during Intracardiac electrophysiological procedures and to verify the effectiveness in using the Instadose™ dosimeter as a complementary control of occupational monitoring. Methods: Occupational doses were monitored close to the left eye (LE), right eye (RE), extremity (left ankle) and chest of cardiologists, as well as the environmental dose, positioning the dosimeter in the center of the equipment gantry. These doses were evaluated in 31 procedures using 01 (one) InstadoseTM dosimeter in each region. Results: For the RE, extremity and thorax regions, the doses recorded were in the great majority less than or equal to the sensitivity threshold of the dosimeter. The Mann-Whitney U test demonstrated that the values obtained in the different regions represent different samples, while the Spearman test demonstrated that there is no evidence that there is a correlation between the data recorded in the different regions. InstadoseTM was effective in recording the doses in the OE region and the doses of dispersed radiation (Arc), with the values obtained: (30 quartile / maximum): OE (0.07 / 0.20 mSv); Arc (0.38 / 1.53 mSv). Conclusion: With the data recorded using the InstadoseTM dosimeter, it was not possible to compare occupational doses between different regions of the doctor's body, limiting its use as a complementary monitor in the control of occupational doses.

Introdução: Procedimentos invasivos do tipo eletrofisiológicos intracardíacos (EEF) guiados por fluoroscopia analisam o processo de despolarização cardíaca. Dependendo da complexidade do caso clínico, tanto pacientes quanto profissionais são submetidos a radiação por tempo prolongado. O interesse sobre o monitoramento das doses ocupacionais e ambientais é consenso na comunidade científica que se preocupa com a otimização da proteção radiológica. Objetivo: Estimar as doses ocupacionais em diferentes regiões do corpo do médico (operador principal) durante os procedimentos EEF e verificar a eficácia no uso do dosímetro Instadose™ como controle complementar da monitoração ocupacional. Métodos: Foram monitoradas as doses ocupacionais próximas a região do olho esquerdo (OE), olho direito (OD), extremidade (tornozelo esquerdo) e tórax de cardiologistas, bem como, a dose ambiental, posicionando o dosímetro no centro do gantry do equipamento (Arco). Foram avaliadas essas doses em 31 procedimentos utilizando 01 (um) dosímetro InstadoseTM em cada região. Resultados: Para as regiões OD, extremidade e tórax, as doses registradas foram na grande maioria menores ou iguais ao limiar de sensibilidade do dosímetro. O teste U de Mann-Whitney demonstrou que os valores obtidos nas diferentes regiões representam amostras distintas, enquanto o teste Spearman demonstrou que não há evidências que exista correlação entre os dados registrados nas diferentes regiões. O InstadoseTM foi eficaz em registrar as doses na região do OE e as doses de radiação dispersa (Arco), sendo os valores obtidos: (3° quartil /máximo): OE (0,07/0,20 mSv); Arco (0,38/1,53 mSv). Conclusões: Com os dados registrados utilizando o dosímetro InstadoseTM, não foi possível realizar uma comparação das doses ocupacionais entre as diferentes regiões do corpo do médico, limitando seu uso como monitor complementar no controle das doses ocupacionais.