Tese de doutorado
Avaliação clínica e histomorfométrica do enxerto ósseo alógeno fresco congelado em levantamento do assoalho do seio maxilar - sinus lift
Fecha
2010Registro en:
CASTILHO, Tatiana Regina Ramos Nantes de. Avaliação clínica e histomorfométrica do enxerto ósseo alógeno fresco congelado em levantamento do assoalho do seio maxilar - sinus lift. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2010.
Tatiana Regina Ramos Nantes de Castilho.pdf
Autor
Castilho, Tatiana Regina Ramos Nantes de [UNIFESP]
Institución
Resumen
A utilização de enxertos ósseos previamente à instalação de implantes dentários, em áreas parcial ou totalmente edêntulas, tem sido prática freqüente, objetivando adequada reabilitação protética. A elevação do assoalho sinusal – técnica conhecida como Sinus Lift – possibilita a regeneração da região posterior da maxila com muita previsibilidade. Existem algumas variações de abordagem da técnica e vários materiais para enxertia, que podem ser empregados de forma particulada ou em blocos, de origem aloplástica, xenógena, alógena ou autógena. O osso autógeno continua sendo considerado gold standard tendo como desvantagem o aumento da morbidade operatória pela necessidade de sítio cirúrgico para sua obtenção, que pode ser intra ou extra-oral. O tecido ósseo alógeno fresco congelado, proveniente de Banco de Ossos, é amplamente utilizado na medicina e mais recentemente na odontologia como mais uma opção para enxertia. A menor morbidade e tempo operatório resultam em maior conforto pós-operatório e rápida recuperação do paciente. Porém a ausência de estudos clínicos prospectivos empregando o tecido ósseo alógeno fresco congelado como enxerto em levantamento do assoalho sinusal estimulou a realização deste estudo. Objetivo: Avaliar clinica e histomorfometricamente o tecido ósseo neoformado a partir de enxerto ósseo humano alógeno fresco congelado em cirurgia de levantamento do assoalho sinusal – Sinus Lift. Método: Foram realizados 33 levantamentos do assoalho sinusal, em 20 pacientes divididos em grupo controle (n=8) que receberam osso autógeno proveniente do ramo mandibular, e grupo experimental (n=12) que receberam osso humano alógeno fresco congelado particulado. Após período de seis meses foram instalados 52 implantes e coletadas 50 biópsias para análise histomorfométrica. Foram realizadas tomografias computadorizadas no período pré-operatório, pós-operatório imediato e tardio para avaliar o grau de reabsorção do enxerto nos grupos. Resultados: Não houve diferença estatística significativa entre os grupos em relação ao grau de reabsorção do enxerto (p=0,983); à área total óssea (p=0,191) e de partículas remanescentes (p=0,348) e à proporção de osteoblastos ativos (p=0,867). Houve diferença estatística significativa no índice de vitalidade entre os grupos (p=0,043). O índice de sucesso dos implantes nos dois grupos avaliados foi de 100%. Conclusões: No presente estudo, o tecido ósseo humano fresco congelado mostrou-se substituto viável ao osso autógeno em cirurgia de levantamento do assoalho sinusal. Faz-se necessário período maior de acompanhamento para avaliação do comportamento deste tecido em função. Bone augmentation procedures prior to implant placement in partially or totally edentulous patients has become a routine treatment, aiming adequate prosthetic rehabilitation. The sinus floor elevation - a surgical technique known as Sinus Lift - enables the regeneration of the posterior maxilla with predictable outcomes. There are some variations on the technical approach and several kinds of grafts, which can be employed in chips or blocks, being alloplastic, xenogenous, autogenous or allograft. The autogenous bone is still considered the gold standard even though it has the disadvantage of increasing operative morbidity since it needs a surgical approach to obtain it, which can be intra or extra-oral. The fresh frozen bone allograft from Tissue Bank is widely used in medicine and more recently in dentistry as an option for grafting. The lower morbidity and short operation time resulted in more postoperative comfort and quick recovery of the patient. The lack of prospective clinical studies using the fresh frozen bone allograft in Sinus Lift stimulated this study. Purpose: The aim of this prospective study is to evaluated the clinical and histomorphometric data of the newly formed bone tissue from fresh frozen human allogeneic bone graft in Sinus Lift. Methods: A total of 33 Sinus Lift were performed in 20 patients divided into control group (n = 8) who received autogenous bone from ramus and the experimental group (n = 12) who received fresh frozen bone allograft in chips. After 6 months, 52 implants were installed and 50 biopsies were collected for histomorphometric analysis. Computerized tomography (CT) scans were performed on preoperative, immediate and delayed postoperative to assess the degree of resorption of the graft for each group. Results: There was no statistically significant difference between groups regarding the degree of resorption of the graft (p = 0.983), total bone area (p = 0.191) and remnant particles (p = 0.348) and the proportion of active osteoblasts (P = 0.867). There was a statistically significant difference in the vitality rate between the groups (p = 0.043). The success rate of implants in both groups was 100%. Conclusions: In this study, fresh frozen allograft bone presented as a viable substitute to autologous bone graft in Sinus Lift surgery. However, it is necessary a longer period of follow up to evaluated the implants and tissue performances in function.