Tese de doutorado
Avaliação da eficácia da eletroestimulação nervosa transcutânea, no nervo tibial e intravaginal, no alívio da dor em mulheres com dor pélvica crônica
Fecha
2021Registro en:
CHRISTINE PLOGER SCHOR-A.pdf
Autor
Schor, Christine Ploger [UNIFESP]
Institución
Resumen
São diversas as causas de dor pélvica crônica, apesar do tratamento da doença de base, frequentemente não se obtêm sucesso no alívio da dor, devido às alterações, frequentemente, associadas. Para melhor tratamento destas pacientes técnicas associadas ao tratamento podem ser necessárias. Dentre estas destaca-se a atuação da fisioterapia. Dentre os recursos fisioterapêuticos podemos citar a eletroestimulação (TENS). Esta pode ser aplicada em diversas localizações anatômicas. Frente a escassez de estudos que procuraram avaliar, por meio de estudo randomizado, a efetividade deste recurso no alívio da dor, neste trabalho procuramos avaliar a eficácia desta técnica, utilizada no nervo tibial e intravaginal. Objetivo: avaliar a eficácia da eletroestimulação intravaginal e do nervo tibial em mulheres com dor pélvica crônica. Método: Estudo clínico transversal, controlado, duplo-cego, onde foram incluídas 60 pacientes, randomizadas em 4 grupos: Grupo EEIV eletroestimulação intravaginal, Grupo EEIV-P eletroestimulação intravaginal placebo, Grupo EETN eletroestimulação transcutânea do nervo tibial, Grupo EETN-P eletroestimulação transcutânea nervo tibial placebo. As pacientes foram submetidas a 10 sessões semanais, avaliadas pré-tratamento, pós- tratamento e após seguimento de 30 dias por meio da escala visual numérica (0-10) e índice de dor presente – PPI (0-5), além do diário semanal da dor. Resultados: Ao final do tratamento todas as pacientes apresentaram melhora da dor em ambas as escalas (p<0.001), mantendo essa melhora após 30 dias do término do tratamento (p<0.001). Não houve diferença entre os grupos em nenhum dos momentos avaliados nem na EVN (avaliação p=0.122; reavaliação p=0.066; seguimento p=0.066) tampouco no PPI (avaliação p=0.567 reavaliação p=0.410 seguimento p=0.066). No diário semanal da dor observamos que na comparação entre os grupos, o número total de dias com dor durante todo o tratamento diferiu entre grupos, sendo que o Grupo EEIV teve estatisticamente períodos maiores de dor do que o Grupo EEIV-P (p=0.001). A média de dias com dor por semana foi estatisticamente menor no grupo EETV-P que nos grupos EETP e EETP-P (p = 0.006 e p = 0.010 respectivamente) e o número de medicações utilizadas foi estatisticamente menor no grupo EEIV-P que nos grupos EEIV e EETP-P (p = 0,002 e p = 0,010 respectivamente). Conclusão: Houve diminuição da dor nas pacientes, com dor pélvica crônica, que foram submetidas a eletroestimulação nervosa do nervo tibial e intravaginal. Não houve diferença, no alívio da dor, em mulheres com dor pélvica crônica de acordo com a localização do eletrodo. A diminuição dos sintomas álgicos foi igual em todos os grupos, placebo e tratamento, dessa forma, não podemos afirmar que a TENS foi responsável pelo efeito analgésico no presente estudo.