Tese de doutorado
Prevalência de problemas emocionais e comportamentais, uso de substâncias e violência doméstica em crianças, adolescentes e adultos jovens de baixa renda que convivem com a dependência química na família
Fecha
2021Autor
Vilela, Thais Dos Reis [UNIFESP]
Institución
Resumen
This thesis investigated the prevalence of emotional and behavioral problems, substance use and exposure to domestic violence in children, adolescents and young adults who live with family members who suffer from disorders related to substance use, in a disadvantaged community in the city of Sao Paulo. Method: This is a prevalence study with a sample of 101 children between 6 and 11 years old, 102 adolescents between 12 and 17 years old and 90 young adults between 18 and 31 years old. Data were collected in the master's study and the following scales were analyzed in this doctoral study: Child Behavior Checklist (CBCL), Youth Self- Report (YSR), Adult Self-Report (ASR), Drug Use Screening Inventory (DUSI), Phrase Inventory in the Diagnosis of Domestic Violence (IFVD), Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), Fagerström Test for Nicotine Dependence (FTND), Alcohol Dependence Data Questionnaire (SADD) and Drug Abuse Screening Test (DAST). Results: The results of the emotional and behavioral assessment questionnaires showed 27% of clinical scores for Internalizing Problems, 32.8% for Externalizing Problems, and 34.1% for Total Problems. This population has a high exposure to abuse and maltreatment: CTQ results pointed that 43.3% have experienced emotional abuse, 31.1% physical abuse, 11.1% sexual abuse, 80% emotional neglect and 83.3% physical neglect. Of the total, 20.4% are alcohol users and 7.3% are marijuana users. Alcohol and marijuana are more frequently used by males than females. Moreover, the male group presented higher rates of emotional and behavioral problems, greater exposure to stressful situations and higher problems with the law. Conclusion: Children exposed to substance abusers in their families have more mental health problems than the general population. This is a subgroup of the population whose risk of developing mental disorders is significantly higher than average and should be target of a selective intervention as part of the treatment plan of their parents. Esta tese investigou a prevalência de problemas emocionais e comportamentais, uso de substâncias e exposição à violência doméstica, em crianças, adolescentes e adultos jovens que convivem com familiares que sofrem com transtornos relacionados ao uso de substâncias, em uma comunidade desprivilegiada da cidade de São Paulo. Método: Trata-se de um estudo de prevalência com uma amostra de 101 crianças entre 6 e 11 anos, 102 adolescentes entre 12 e 17 anos e 90 adultos jovens entre 18 e 31 anos. Os dados foram coletados no estudo de mestrado e as seguintes escalas foram analisadas nesse estudo de doutorado: Child Behavior Checklist (CBCL), Youth Self-Report (YSR), Adult Self-Report (ASR), Drug Use Screening Inventory (DUSI), Inventário de Frases no Diagnóstico de Violência Doméstica (IFVD), Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), Fagerström Test for Nicotine Dependence (FTND), Alcohol Dependence Data Questionnaire (SADD) and Drug Abuse Screening Test (DAST). Resultados: Os resultados dos questionários de avaliação emocional e comportamental mostraram 27% de escores na faixa clínica para Problemas Internalizantes, 32,8% para Problemas Externalizantes e 34,1% para Problemas Totais. Essa população tem alta exposição a abusos e maus-tratos: os resultados do CTQ apontaram que 43,3% sofreram abuso emocional, 31,1% abuso físico, 11,1% abuso sexual, 80% negligência emocional e 83,3% negligência física. Do total, 20,4% são usuários de álcool e 7,3% são usuários de maconha. Álcool e maconha são usados com mais frequência por homens do que por mulheres. Além disso, o grupo masculino apresentou maiores índices de problemas emocionais e comportamentais, maior exposição a situações estressantes e maiores problemas com a lei. Conclusão: Crianças expostas a usuários de substâncias psicoativas em suas famílias apresentam mais problemas de saúde mental do que a população em geral. Este é um subgrupo da população cujo risco de desenvolver transtornos mentais é significativamente maior do que a média, e deve ser alvo de uma intervenção seletiva como parte do plano de tratamento de seus pais.